“Sim, eu ajudaria, eu ajudaria”, retorquiu o presidente dos Estados Unidos, quando questionado por um jornalista sobre se ajudaria a defender os quatro países-membros da NATO, na sequência das recentes incursões aéreas por parte da Rússia.Três caças russos MiG-31 entraram em espaço aéreo da Estónia, sobre o Golfo da Finlândia, onde permaneceram durante cerca de 12 minutos, revelaram na sexta-feira as autoridades estonianas e a NATO.
“Não gostamos disso”, afirmou este domingo Trump na Casa Branca, em declarações citadas pela AFP.
Os caças russos em causa foram intercetados por meios aéreos de Itália, Suécia e a Finlândia.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Estónia anunciou entretanto uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU para segunda-feira, resultado de um pedido inédito por parte do país.Na noite de 9 para 10 de setembro, aviões da NATO abateram também drones russos sobre a Polónia. “Isso pode ter sido um erro”, reagiu então o presidente norte-americano. Um oitro drone permaneceu durante uma hora em espaço aéreo da Roménia.
A Rússia veio já desmentir a violação do espaço aéreo da Estónia.
O primeiro-ministro estoniano, Kristen Michal, anunciou igualmente um pedido de ativação do Artigo 4.º do Tratado do Atlântico Norte, que prevê consultas entre aliados sempre que um dos membros se sinta ameaçado.
Por sua vez, o ministro estoniano dos Negócios Estrangeiros, Margus Tsahkna, descreveu a violação do espaço aéreo como “parte de um padrão de comportamento mais amplo da Rússia, que visa testar a determinação da Europa e da NATO”.
“Este comportamento exige uma resposta internacional”, acentuou Margus Tsahkna, para acrescentar que “a conduta da Rússia é incompatível com as responsabilidades de um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU”.
c/ agências