O golo de Alisson Santos diante do Kairat Almaty, o primeiro na Liga dos Campeões com a camisola dos leões, foi ponto alto do ainda curto percurso de Alisson Santos no clube de Alvalade. O Sporting, que desde cedo detectou enorme potencial e margem de progressão do extremo brasileiro, de 22 anos, contratado ao Vitória (Brasil) após cedência ao UD Leiria a troco de €2,1 milhões, tinha um plano de futuro a médio/longo prazo para o atacante, porém, inverteu o plano inicialmente traçado e procurou nas últimas semanas ‘apressar’ o processo de integração no plantel.  

Pois bem, então qual seria esse plano que a SAD tinha em mente? Ao que A BOLA apurou, nesta primeira temporada de integração, numa nova realidade na carreira (Alisson tinha apenas experiências em escalões secundários do Brasil e Portugal), Rui Borges pretendia continuar a trabalhar diariamente com o brasileiro na equipa A, de forma a ganhar rotinas com a equipa e com as ideias do treinador, e depois, de forma a não perder carga competitiva, colocar o extremo a competir na equipa B na Liga 2. Um passo visto como importante para poder ter uma afirmação mais consolidada entre a principal equipa leonina a médio prazo. 

Alisson Santos esteve em destaque na estreia da Liga dos Campeões apontando o primeiro golo com a camisola dos leões

Um plano que caiu por terra com o fecho do mercado. O Sporting não contratou Jota Silva (e nenhum elemento para as alas como estava, aliás, previamente delineado) e Alisson Santos acabou por ganhar força. E nesta fase surge mesmo como alternativa para os corredores, tendo aparições nos últimos três jogos (FC Porto, Famalicão e Kairat Almaty). Dando sinais positivos a cada jogo que passa, mais solto e desinibido, Alisson, de resto, sabe A BOLA, tem mesmo agora lugar confirmado no plantel principal. Rui Borges, que foi peça decisiva na sua contratação, tem trabalhado com particular atenção a vertente tática de forma a que o extremo tenha uma maior variabilidade de movimentos.  

Uma dinâmica que, recorde-se, é uma das imagens de marca da linha ofensiva dos leões, nomeadamente dos homens que ocupam as alas como Pedro Gonçalves, Trincão, Geny Catamo ou Quenda. Os primeiros sinais deste trabalho chegam agora com o brasileiro a estar cada vez mais identificado com as ideias da equipa. Ainda não tem estatuto de titular, porém, tem presença garantida entre as escolhas da equipa para ser uma solução a partir do banco.