O futebolista português Rafael Leão recordou a altura em que assinou pelo Benfica com apenas oito anos, antes de rumar ao Sporting, não tendo chegado a treinar nos encarnados porque a carrinha que iria buscá-lo para levá-lo aos treinos nunca apareceu.

«Foi um processo. Quando eu tinha cinco, seis anos, o meu pai estava à procura de um clube e eu tive alguém que trabalhava no meu primeiro clube, o Amora. E eu estava a jogar no meu jardim como de costume e um dia ele veio ter comigo e pergunta-me: “Rafa, tudo bem, tens algum clube?”. E eu disse que não, que o meu pai estava à procura de um clube e ele disse: “Amanhã vens comigo e fazes um treino”. Fui e correu bem e fiquei lá duas semanas, talvez», começou por dizer, no mais recente episódio do podcast SayLessGlobal, publicado no domingo.

«E depois tivemos um torneio em que foram Benfica e Sporting. Mas eu assinei com a Foot 21, que tinha uma parceria com o clube, fui para lá e o Benfica queria que eu assinasse. A minha família é do Benfica. O meu pai disse que sim, ele também é do Benfica. Assinei pelo Benfica, mas como o meu pai naquela altura não tinha carro, eu não tinha como ir para os treinos. E o Benfica disse: “Sim, assine o contrato, nós temos uma carrinha para o seu filho, podemos levá-lo da escola ao treino”», prosseguiu Rafael Leão.

«Fiquei à espera da carrinha e a carrinha não veio. No segundo e terceiro dias, igual. Ninguém veio. Passou uma semana e eu comecei a chorar. Nem cheguei a fazer um treino e foi aí que decidimos assinar pelo Sporting», lembrou Leão, atual jogador do Milan, que fez cinco jogos e dois golos pela equipa principal dos leões, em 2017/18, antes da rescisão no final da época, na sequência do ataque à Academia, em Alcochete.

«O meu pai contou-me há uns meses que esteve com o Rui Costa, que agora é presidente do Benfica. E começaram a rir-se: “Peço desculpa pelo que aconteceu ao seu filho, por não termos ido buscá-lo… (risos)”», concluiu.