O aguardado filme de terrorGOAT (HIM), produzido por Jordan Peele e estrelado por Marlon Wayans, já pôde ser conferido pelos jornalistas internacionais – e parece que não conseguiu agradar aos críticos.

Após amargar 32% de aprovação no Rotten Tomatoes, Wayans resolveu falar sobre as críticas negativas do projeto – afirmando que, ainda que respeite o trabalho dos críticos, o intuito da arte é ser subjetiva e não com uma opinião engessada.

“Só para deixar claro… Eu respeito os críticos”, escreveu ele. “O trabalho deles é criticar. Eu respeito o trabalho deles. Ele molda a nossa indústria. Mas uma opinião nem sempre significa a opinião de todos. Alguns filmes estão à frente da curva. A inovação nem sempre é aceita e a arte deve ser interpretada e é subjetiva. Eu tive uma carreira fazendo filmes clássicos que não foram recebidos pela crítica [sic] e esses filmes se tornaram CLÁSSICOS. Então, não aceite a opinião de ninguém, apenas vá ver você mesmo. Abraços a todos. Ele está nos cinemas agora”.

No geral, o projeto recebeu elogios pela técnica e pela estética, mas foi duramente criticado pela construção da história, pelo ritmo e pela superficialidade com que os temas são tratados.

Confira alguns comentários abaixo:

“O filme às vezes se assemelha a um filme estudantil de alto orçamento: está ansioso para nos impressionar com sua técnica. E consegue, pelo menos até percebermos que não há muito mais acontecendo” – New York Magazine/Vulture.

GOAT não tem o toque de Peele. O que tem é uma premissa intrigante, mas nenhuma história coerente e nenhuma ideia clara do que quer dizer” – Newsday.

GOATespera perturbar, chocar e abalar os sentidos, mas acaba se resumindo a uma apreciação superficial da sedução e da submissão. Tenho certeza de que foi uma leitura e tanto, mas o filme é um grande fracasso” – Blu-ray.com.

“Apesar das falhas, vale a pena assistir a GOATpela atuação de Marlon Wayans” – Slashfilm.

“Mas quando GOATchega a uma sequência final verdadeiramente ridícula, é difícil se prestar até mesmo a uma sensação forçada de choque” – AwardsWatch.

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“A trama acompanha Cameron Cade (interpretado por Tyriq Withers), um jovem jogador de futebol americano que começa a viver situações aterrorizantes após ser orientado pelo veterano quarterback Isaiah White (Marlon Wayans). À medida que sua obsessão por se tornar o ‘maior de todos os tempos’ cresce, as consequências se tornam cada vez mais sombrias, e sangrentas”, diz a sinopse.

Em entrevista à Empire, o diretor Justin Tipping comentou os desafios de criar uma atmosfera familiar de esporte para, então, mergulhá-la no terror:

“Meu instinto foi estruturar tudo de forma que parecesse algo saído de Friday Night Lights, ou de um comercial da Gatorade ou da Nike. A gente torce pelo garoto que só precisa desbloquear um último elemento para alcançar o próximo nível. E então subvertemos tudo e deixamos a história se transformar em algo como Nosferatu ou Ex Machina, deixando que ela evolua ou se deteriore, dependendo do ponto de vista, para algo que não se espera”, afirmou Tipping.

Ele explica que a psicologia por trás da busca pela grandeza no esporte está repleta de armadilhas, o que oferece um vasto material para o terror.

“Quando comecei a me apoiar em alguns dos meus horrores favoritos, mais na linha de Alucinações do Passado (Jacob’s Ladder), as comportas criativas simplesmente se abriram”, revelou o diretor.

Jordan Peele, por sua vez, destacou a paixão de sua produtora, Monkeypaw, por ideias inovadoras:

“Na Monkeypaw, a gente adora ideias que não deveriam ser feitas, e que supostamente deveríamos evitar. A combinação entre esporte e terror era algo que eu nunca tinha visto de verdade. Ficou claro que tínhamos uma mistura de gêneros feita sob medida para mim”, disse Peele.

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