“Ele foi assassinado porque viveu com coragem, viveu com ousadia e argumentou brilhantemente”, declarou Donald Trump perante uma multidão de cerca de 73 mil pessoas presentes no Estádio State Farm, perto de Phoenix, no Estado do Arizona.
O presidente americano transformou a homenagem a Charlie Kirk num comício político em que apelou à “restauração da religião” e denunciou o assassinato do ativista, morto durante um evento na Universidade de Utah Valley, como “um ataque contra toda a nação” e “contra as liberdades mais sagradas e os direitos fundamentais concedidos por Deus”.”O projétil foi disparado contra ele, mas estava apontado a todos nós”, declarou Trump.
Donald Trump considerou Charlie Kirk como “um dos maiores patriotas da história dos EUA” e “o maior evangelista da liberdade americana” e garantiu que o ativista será condecorado postumamente com a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta distinção civil dos EUA.
Segundo o presidente dos Estados Unidos, Kirk teve um papel determinante na eleição presidencial de 2024 devido ao seu trabalho na promoção dos valores da direita cristã junto das camadas mais jovens.
“Mártir da fé cristã”
O evento de homenagem a Charlie Kirk, considerado pelas autoridades um evento de segurança máxima, contou com discursos de vários membros da Administração Trump, nomeadamente o vice-presidente americano, JD Vance, o secretário de Estado, Marco Rubio, o secretário da Defesa, Pete Hegseth, o secretário da Saúde, Robert F. Kennedy Jr. E a diretora dos serviços de informações, Tulsi Gabbard. “A Administração está toda aqui, não apenas por amizade, mas porque, graças a Charlie, estamos todos aqui”, declarou JD Vance, que considerou o ativista um “mártir da fé cristã”.
Já o secretário de Estado, Marco Rubio, comparou o papel de Charlie Kirk ao de uma figura messiânica, dizendo que a “sua missão entre os jovens era como a de Jesus Cristo”, ao passo que o secretário americano da Defesa, Pete Hegseth, disse que todos os presentes estavam “na igreja de Charlie”.
Stephen Miller, vice-chefe de gabinete da Casa Branca e amigo pessoal do ativista, proferiu o discurso mais inflamado da cerimónia. “Vocês pensavam que podiam matar Charlie Kirk? Tornaram-no imortal”, afirmou Miller, apelando à mobilização contra as forças que considerou serem “o mal”.
“Charlie queria salvar os jovens”
A viúva do ativista, Erika Kirk, atual diretora executiva da organização Turning Point fundada por Charlie Kirk aos 18 anos, subiu ao palco vestida de branco e disse perdoar o jovem de 22 anos suspeito do homicídio. “Charlie queria salvar jovens como aquele que lhe tirou a vida. Eu perdoo-o, porque é isso que Cristo faria”, afirmou a viúva.
Durante a cerimónia de homenagem ao ativista conservador cristão, com um tom de comício político, o presidente dos Estados Unidos sublinhou que quer “restaurar as fronteiras, a ordem pública e Deus nos Estados Unidos” e insistiu que a sua missão é “devolver a grandeza à América”.
c/Lusa