Na apresentação dos novos iPhone, a Apple sublinhou a resistência aos riscos destes terminais. Talvez por isto, vários utilizadores apressaram-se a testar as alegações da Apple e a partilhar os resultados. Foi também o que fez o youtuber Zack Nelson no canal JerryRigEverything.

De acordo com o teste, os mais recentes iPhone 17 Pro e Pro Max parecem ter um ponto frágil: a saliência da câmara. Arranhões e lascas têm sido relatados, levantando preocupações sobre a durabilidade estética dos novos modelos da Apple.

Segundo Nelson, a camada de alumínio anodizado que reveste todo o chassis dos iPhone não adere bem nas arestas, criando um ponto fraco que facilmente se danifica com o uso diário.

Trata-se de uma questão já conhecida no processo de anodização electroquímica. Nelson acredita que a Apple optou por um design mais “agressivo” e com ângulos mais agudos para criar um visual diferenciado, o que resultará numa perda de resistência aos riscos nas arestas.

Nos testes de Nelson, objectos comuns como chaves ou moedas, se guardados no bolso com o telemóvel, são suficientes para lascar o revestimento à volta da câmara. Curiosamente, a superfície plana da saliência mostra-se mais resistente, e os riscos são apenas superficiais e fáceis de limpar.

Esta fragilidade não é uma novidade. O jornalista de tecnologia da Bloomberg, Mark Gurman, já tinha noticiado que os modelos de exposição nas lojas da Apple apresentavam arranhões e lascas após poucas horas.

A partilha da experiência de muitos utilizadores, que se queixam de riscos nos seus iPhone acabados de comprar, e de outros que têm identificado estes riscos nos aparelhos expostos nas lojas da Apple, está a popularizar a expressão “scratch gate”. Uma alusão ao “antennagate“, palavra que se tornou popular quando se percebeu que o iPhone 4 tinha problema de recepção de sinal.