O Hamas propôs ao Presidente norte-americano, Donald Trump, que assegure um cessar-fogo de 60 dias na Faixa de Gaza em troca da libertação de metade dos reféns que mantém no enclave, confirmou à EFE o movimento islamita palestiniano.
A notícia foi avançada pela cadeia televisiva norte-americana Fox News, citando um alto funcionário do governo Trump e uma pessoa envolvida nas negociações, que adiantaram que a proposta do grupo consta de uma carta que deverá ser formalmente entregue a Trump esta semana.
Uma fonte do Hamas no Cairo disse à EFE que a carta foi já entregue ao Egito e ao Qatar, mediadores da guerra na Faixa de Gaza, que serão responsáveis pela sua entrega a Trump.
Referiu ainda que a proposta inclui um “pedido de garantia pessoal de Trump” para a implementação de um cessar-fogo de 60 dias, enquanto o Hamas libertará metade dos 48 reféns mantidos na Faixa de Gaza.
O Presidente norte-americano tem exigido repetidamente a libertação de todos os reféns capturados pelo Hamas após o ataque de 07 de outubro de 2023.
Desde o início da guerra em resposta ao ataque do Hamas, foram tentados vários acordos de cessar-fogo para permitir o avanço das negociações em troca da libertação de prisioneiros por ambos os lados.
A maioria deles foi violada por Israel: o último acordo aceite pelo Hamas, a 18 de agosto, previa que 10 reféns israelitas fossem libertados em troca de um fluxo maciço de ajuda ao enclave para aliviar a grave crise humanitária enfrentada pela população de Gaza.
Contudo, Telavive ignorou a proposta e continuou com os seus planos para tomar a Cidade de Gaza.
Este domingo, o exército israelita confirmou que os seus tanques já estão a entrar na cidade, com o objetivo de deslocar o seu milhão de habitantes.