À entrada para uma reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, à margem da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, que decorre em Nova Iorque, Donald Trump concordou que os países NATO deviam abatar caças russos que entrem no espaço aéreo da Aliança.


À pergunta de um repórter sobre se apoia uma tal ação, Trump anuiu: “Sim, apoio”.


A acontecer, não seria a primeira vez que um país membro da NATO abatia um caça russo eventualmente tresmalhado. 


Em 2015, um caça russo Sukhoi Su-24 foi abatido por um míssil disparado por um F-16 da Força Aérea da Turquia, perto da fronteira sírio-turca, quando regressava à base de Khmeimim.


As posição de Trump contrasta com as recomendações deixadas horas antes pelo ministro alemão da Defesa.

Boris Pistorius, pediu aos membros da NATO, na terça-feira, que mantenham a calma e evitem “a armadilha” montada pela Rússia face às alegadas violações do seu espaço aéreo por aeronaves russas.

Numa conferência de imprensa em Berlim, ao lado do seu homólogo sueco, Pål Jonson, Pistorius afirmou que uma reacção exagerada às incursões russas ameaça a paz e a segurança na Europa.

“A calma não é cobardia nem medo, mas uma responsabilidade para com o próprio país e para com a paz na Europa”, disse.

“Exigências precipitadas para disparar sobre algo no céu ou fazer uma grande demonstração de força não ajudam na situação atual”, acrescentou. Episódios sucessivos



Incidentes semelhantes com aviões e drones foram registados nos últimos dias sobre a Estónia, a Polónia e a Roménia.


Face às sucessivas violações do espaço aéreo europeu, a NATO apelou uma desescalada por parte de Moscovo.

Após uma reunião dos seus representantes esta terça-feira, em Bruxelas, a Aliança Atlântica advertiu que Moscovo deve cessar a “escalada” após uma série de violações do espaço aéreo da NATO por aviões e drones nos últimos dias.

“A Rússia é totalmente responsável por estas ações, que são suscetíveis de conduzir a uma escalada, podem dar origem a erros de avaliação e colocam vidas em perigo. Tudo isto tem de parar”, alertou a NATO em comunicado.