Quem assistia ao telejornal News 19 da Record News no YouTube, na noite desta terça-feira (29/7), levou um susto. Isso porque, durante o noticiário, o sinal foi interrompido por imagens em preto e branco, aparentemente antigas, com frases desconexas em inglês e a repetição do número 333. A exibição durou cerca de dois minutos e, em seguida, o telejornal voltou ao ar normalmente, sem qualquer menção ao ocorrido por parte dos apresentadores.
As cenas exibidas mostravam trechos que lembravam um telejornal antigo dos Estados Unidos, seguidos da frase “We Present a Special Presentation” (“Oferecemos uma Apresentação Especial”), em texto normal e invertido. Outras mensagens inquietantes apareceram na tela, como “You Will See Such Pretty Things” (“Você verá coisas tão bonitas”), “Why do you hate?” (“Por que você odeia?”) e “You are ill” (“Você está doente”).
A interrupção coincidiu com o momento em que o apresentador Rafael Algarte noticiava um ataque armado em um edifício de alto padrão em Nova York, que terminou com quatro mortos. Quando o sinal foi restabelecido, às 19h36, ele já comentava sobre os incêndios florestais em Portugal.
A gravação da transmissão foi posteriormente tornada privada pela emissora, e o trecho com a falha foi removido da publicação do jornal no YouTube. O episódio gerou repercussão imediata nas redes sociais, com internautas tentando decifrar o que haviam acabado de assistir.
A jornalista Natuza Nery, da GloboNews, voltou a trabalhar já no dia 17/6, um dia após ser hospitalizada após sofrer um acidente em um dos estúdios da Globo. Reprodução/@natuzanery
De acordo com informações apuradas pela Folha de S. Paulo, a apresentadora foi atingida na cabeça por uma peça de alumínio que se desprendeu de uma porta. Reprodução/@natuzanery
No momento do incidente, a jornalista se preparava para gravar um episódio do podcast “O Assunto”. Reprodução/GloboNews
“Natuza Nery teve um incidente antes do início da gravação […], foi prontamente atendida e passa bem. Ela não gravou o podcast e não apresentou a Edição das 18h da Globonews, mas já estará de volta amanhã (17/6)”, comunicou a Globo. Reprodução
Depois de sofrer a pancada, a apresentadora se sentiu tonta e chegou a ser levada de ambulância. Ela sofreu apenas ferimentos leves. Ricardo Stuckert/Presidência da República
Nascida em 28 de abril de 1977, em São Paulo, Natuza Nery é jornalista, comentarista política, podcaster e apresentadora. Reprodução/@natuzanery
Ela estudou desenho industrial na Mackenzie, mas, aos 22 anos, foi para Brasília para seguir jornalismo, tendo se graduado no Centro Universitário de Brasília (CEUB). Reprodução/GloboNews
Sua primeira grande experiência foi na agência Reuters, em Brasília, onde cobria política, agronegócio e economia. Reprodução/@natuzanery
Nessa época, conquistou seus primeiros grandes furos jornalísticos, como a informação de que diversos saques do publicitário Marcos Valério coincidiram com votações controversas no Congresso Nacional. Reprodução/GloboNews
Natuza também se destacou na cobertura internacional, como as primárias democratas de 2008, que levaram à candidatura de Barack Obama, além do terremoto do Haiti em 2010. Reprodução/GloboNews
Em 2010, Natuza passou a ser repórter na sucursal de Brasília da Folha de S. Paulo, depois se tornou repórter especial em 2013, e em 2015 assumiu a tradicional coluna “Painel”. Reprodução/@natuzanery
Nesse período, ganhou dois prêmios importantes: o Prêmio CNI de Jornalismo em 2013, pela série “O Brasil que mais cresce”; Reprodução/Redes Sociais
E o Prêmio Folha de Jornalismo em 2016, pela entrevista com Marcelo Calero, que desencadeou a demissão de Geddel Vieira Lima. Reprodução/@natuzanery
Sua visibilidade cresceu ainda mais na TV quando participou do quadro “Meninas do Jô”, no Programa do Jô, da TV Globo, no qual fazia análises políticas semanais. Reprodução/TV Globo
Em fevereiro de 2017, foi contratada exclusivamente pelo Grupo Globo e estreou na GloboNews como comentarista política, colunista no g1 e participações semanais na rádio CBN. Reprodução/@natuzanery
Na GloboNews, Natuza comanda o “Central GloboNews” e frequentemente apresenta jornais como a “Edição das 18h”, além de, em períodos eleitorais, ancorar a “Central das Eleições”. Reprodução/Redes Sociais
Desde agosto de 2019, Natuza passou a integrar o podcast “Papo de Política”, do g1, que posteriormente também ganhou formato em vídeo. Reprodução/GloboNews
Em novembro de 2022, passou a apresentar o podcast “O Assunto”, substituindo Renata Lo Prete. Divulgação
Em 2024, Natuza e Antonio Tabet, ex-Porta dos Fundos, viveram um relacionamento discreto de cerca de seis meses. Eles terminaram de forma amigável. Montagem/Reprodução/Redes Sociais
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Em comunicado, a Record News reconheceu a falha. “A Record News identificou uma falha na transmissão no YouTube durante o telejornal News 19 desta terça-feira (29). Nosso time de TI está trabalhando para descobrir a origem do problema e também estamos em contato com a equipe do YouTube para entender o ocorrido”, afirma em comunicado.
A emissora ressaltou que a falha afetou apenas a transmissão na plataforma digital. “As demais transmissões, inclusive o sinal de TV aberta e PayTV, não foram afetadas”, diz a nota. Até o momento, não foi esclarecido se a exibição do vídeo foi fruto de um erro técnico, invasão do sistema ou falha na plataforma do YouTube.
O que era o vídeo misterioso?
O material exibido faz parte de um vídeo conhecido na internet como The Wyoming Incident (“O Incidente de Wyoming”). Essa produção circula online desde meados dos anos 2000 e é considerada uma das “creepypastas” mais populares — termo usado para designar histórias de terror fictícias compartilhadas na internet.
Segundo a lenda, o vídeo teria invadido o sinal de uma emissora de TV local nos Estados Unidos em 1987, apresentando imagens e frases perturbadoras que causariam confusão e mal-estar nos espectadores. No entanto, não há registros oficiais de que esse incidente tenha realmente ocorrido. Na prática, trata-se de uma obra de ficção criada com trechos de filmes de terror antigos, efeitos visuais distorcidos e sons desconfortáveis, com o intuito de causar impacto e alimentar teorias conspiratórias.
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A estética perturbadora e a repetição do número 333 são marcas registradas desse conteúdo. Desde sua disseminação inicial, o vídeo inspirou diversas recriações e teorias conspiratórias na internet.