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Uma nova pesquisa prevê ainda que a União Europeia pode poupar 40 a 45 mil milhões de euros por ano em importações de petróleo com a eletrificação da frota automóvel.

Um novo estudo da associação Charge France baseado em dados da Boston Consulting Group (BCG) conclui que os veículos 100% elétricos já são a opção mais económica relegando os híbridos plug-in e os elétricos com extensor de autonomia a meras tecnologias de transição.

Segundo o estudo, uma família europeia pode poupar até 1600 euros por ano ao optar por um elétrico puro em vez de um híbrido plug-in. Em três quartos dos casos, elétrico revela-se a escolha mais vantajosa em termos financeiros. Também no plano ambiental, a diferença é significativa: os 100% elétricos emitem, no ciclo de vida, três vezes menos CO2 do que um carro a combustão e até nove vezes menos em países como a França, onde a produção de energia é mais limpa.

Os dados de mercado confirmam a tendência. No primeiro semestre de 2025, as vendas de elétricos cresceram 24% face ao ano anterior. As projeções apontam para que, em 2035, entre 90% e 100% dos novos registos sejam de veículos totalmente elétricos, desde que o calendário europeu não seja alterado.

A meta de 2035 está inscrita na legislação comunitária sobre emissões de CO2 de veículos ligeiros e é vista pela Comissão Europeia como crucial para alcançar a neutralidade carbónica em 2050. Apesar das pressões da indústria automóvel para flexibilizar as regras, o estudo reforça que a transição acelerada trará benefícios económicos e estratégicos. A eletrificação das frotas poderá ainda reduzir em 15% as importações de petróleo da UE, representando uma poupança anual de 40 a 45 mil milhões de euros.

A Charge France, que reúne 18 operadores de carregamento, incluindo Atlante, Powerdot, Ionity e Allego, defende que os decisores políticos devem enviar sinais claros ao mercado. Entre as recomendações estão reafirmar a meta de 2035, reorientar incentivos fiscais para privilegiar os elétricos, apoiar famílias de baixos rendimentos com incentivos à compra de usados elétricos, aumentar a transparência da informação aos consumidores e preparar a indústria europeia com investimentos em baterias recicláveis, produção local e requalificação da mão-de-obra.


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