João Ferreira e Filipe Palmeiro, a bordo do Toyota Hilux Evo, consolidaram a sua posição de liderança provisória no bp Ultimate Rally Raid Portugal, ao quilómetro 221 da segunda etapa. A dupla portuguesa detém agora uma vantagem de 1 minuto e 33 segundos sobre Carlos Sainz e Lucas Cruz (Ford Raptor T1+), enquanto Lucas Moraes e Armand Monleón (Toyota Hilux Evo) fecham o pódio provisório, a 2 minutos e 29 segundos dos líderes.

A ascensão de João Ferreira e a luta pela liderança

João Ferreira aproveitou ao máximo a secção cronometrada inicial do dia, registando o tempo mais rápido e sendo o único a conseguir conter inicialmente Nasser Al-Attiyah. Mais importante ainda, o piloto português conseguiu distanciar o líder da geral na véspera, Henk Lategan, em 1 minuto e 26 segundos. Esta performance impulsionou Ferreira para a liderança virtual da sua prova caseira, com uma vantagem de 26 segundos após o primeiro terço da distância cronometrada.

A sua vantagem sobre Nasser Al-Attiyah, que era de 22 segundos ao quilómetro 105, aumentou para 40 segundos ao quilómetro 160. Com Henk Lategan a perder quase 2 minutos, a estrela portuguesa assumiu a liderança virtual do bp Ultimate Rally Raid Portugal, com 7 segundos de avanço sobre o sul-africano.

Ao quilómetro 190, João Ferreira continuou a estender a sua vantagem sobre todos os rivais, liderando Nasser Al-Attiyah por 1 minuto e 17 segundos, Lucas Moraes por 1 minuto e 49 segundos, Carlos Sainz por 1 minuto e 50 segundos e Saood Variawa por 2 minutos e 32 segundos. Henk Lategan, que era o líder da manhã, caiu para o sexto lugar, a 2 minutos e 49 segundos. Na classificação virtual, o piloto da Toyota Gazoo Racing lidera agora a corrida, com 57 segundos de vantagem sobre o sul-africano.

Dificuldades para a Dacia e outros destaques

A etapa está a revelar-se particularmente desafiante para a equipa Dacia. Sébastien Loeb viu-se forçado a parar ao quilómetro 57 para substituir um componente da suspensão traseira direita, que lhe foi entregue pela colega de equipa Cristina Gutiérrez. Antes deste atraso, Loeb ocupava a terceira posição, mas registou mais de 14 minutos de desvantagem em relação ao tempo de referência de João Ferreira.

Mais tarde, Nasser Al-Attiyah também enfrentou um contratempo, tendo parado ao quilómetro 200 por pelo menos 8 minutos, por razões ainda não divulgadas. Este incidente marca o segundo do dia para a equipa Dacia, após a paragem de Loeb. Consequentemente, Cristina Gutiérrez e Pablo Moreno surgem apenas a 11 minutos e 58 segundos dos líderes, com Al-Attiyah e Sébastien Loeb ainda mais atrasados, respetivamente a 14 minutos e 2 segundos e 15 minutos e 25 segundos.

Carlos Sainz, que ontem ocupava a décima posição na geral, demonstrou um forte ritmo ao longo do dia, ocupando a quarta posição provisória na etapa ao quilómetro 160, a 1 minuto e 22 segundos de João Ferreira e a apenas 11 segundos de Lucas Moraes, que seguia em terceiro. “El Matador” mostrou-se empenhado no caminho para Badajoz, em território espanhol.

Lucas Moraes, que entretanto sofreu um furo ao quilómetro 103, conseguiu, ainda assim, ultrapassar Henk Lategan na classificação virtual. Ao quilómetro 221, Ferreira lidera a classificação virtual por 2 minutos e 28 segundos sobre Moraes, com Lategan a cair para terceiro na geral, a 3 minutos e 9 segundos.

Outras duplas em destaque incluem Saood Variawa e François Cazalet (Toyota Hilux Evo) em quarto, a 32 segundos de Moraes, e Cristian Baumgart e Luis Felipe Eckel (Toyota Hilux Evo) a apenas três segundos de Variawa. Michal Goczal e Diego Ortega (Toyota Hilux Evo) seguem a 5 minutos e 52 segundos da frente, com Francisco Barreto e Paulo Fiúza (Toyota Hilux Evo) a menos de um minuto, à frente de Marek Goczal e Maciej Marton (Toyota Hilux Evo).

Rumo a um feito histórico

Se João Ferreira conseguir manter a liderança da prova até ao final desta etapa, alcançará a sua primeira vitória na categoria Ultimate e será o primeiro piloto português a liderar um evento do Campeonato do Mundo de Rali-Raid no final de um dia de prova. Este feito sublinha não só o talento do piloto, mas também a competitividade e a preparação da sua equipa e do Toyota Hilux Evo. A gestão dos tempos e a capacidade de superar os desafios do percurso serão cruciais para a concretização deste objetivo histórico.

Etapa 2: o que se passou até ao Km 105

João Ferreira e Filipe Palmeiro, aos comandos de um Toyota Hilux Evo, assumiram a liderança da etapa ao quilómetro 105, com uma vantagem de 22 segundos sobre a dupla Nasser Al-Attiyah e Fabian Lurquin, que competem num Dacia Sandrider.

Lucas Moraes e Armand Monleón, também num Toyota Hilux Evo, ocupam a terceira posição, a 50 segundos dos líderes, seguidos de Carlos Sainz e Lucas Cruz, num Ford Raptor T1+, a 1 minuto e 22 segundos.

A luta intensa pela liderança

O dia começou com Henk Lategan e Brett Cummings (Toyota Hilux Evo), vencedores da etapa anterior e líderes da prova, sendo os primeiros a partir. No entanto, a tarefa de manter a liderança revelou-se um desafio, com a concorrência a pressionar desde cedo. Abrir a estrada não é fácil, por vezes no TT. Se não é do pó é do piso…

Nasser Al-Attiyah, que tinha sido penalizado em três ocasiões no dia anterior, resultando numa perda de 4 minutos e 57 segundos para Lategan, demonstrou desde o início uma forte intenção de recuperar posições. O piloto qatari impôs um ritmo elevado, sendo o mais rápido ao quilómetro 34, com um tempo de 17 minutos e 14 segundos, deixando Ferreira a 11 segundos e Sébastien Loeb a 16 segundos. Aparentemente, os ajustes feitos no seu Dacia Sandrider após as queixas sobre as configurações de ontem surtiram efeito.

João Ferreira, no entanto, não tardou a reagir. O piloto português reduziu a diferença para Al-Attiyah ao quilómetro 74, ficando a apenas 6 segundos, antecipando um duelo que se prolongou até ao final desta altura da etapa.

Aos 105 quilómetros, Ferreira já tinha conseguido ultrapassar Al-Attiyah, estabelecendo uma vantagem de 22 segundos antes da secção de estrada.

Contratempos e desempenhos notáveis

A etapa não foi isenta de incidentes. Lucas Moraes, que estava entre os primeiros, sofreu um furo ao quilómetro 103, um contratempo que o afastou da luta direta pela liderança. Sébastien Loeb, por sua vez, viu-se forçado a parar ao quilómetro 57 devido a um problema no seu Dacia, tendo perdido cerca de 10 minutos para o reparar, com a assistência de Cristina Gutiérrez, sua colega de equipa.

Entre os regressos e as estreias, Yazeed Al-Rajhi (Toyota Hilux Evo), vencedor do Dakar 2025, voltou a Portugal recentemente em Reguengos, após uma lesão grave na coluna vertebral. O piloto saudita, que terminou a etapa de ontem em quinto lugar, mantém-se nos planos da Toyota para o próximo Dakar, com a futura versão melhorada do Hilux Ultimate.

Carlos Sainz, que partiu em décimo, destacou-se com o terceiro melhor tempo na categoria Ultimate ao quilómetro 74, demonstrando o potencial do Ford Raptor de fábrica, que se mostrou mais rápido que a maioria dos Toyota. Jourdan Serderidis, o “Sr. Gentleman Driver do WRC” tornou-se no primeiro piloto privado a competir com um Ford Raptor M-Sport, também marcou presença, evidenciando a crescente adoção deste modelo.

Eryk Goczał, que teve problemas mecânicos na etapa anterior, iniciou a prova na 26.ª posição na categoria Ultimate, mas é um piloto a ter em atenção pela sua capacidade de recuperar posições.

A etapa continua a desenrolar-se, e a dinâmica da competição promete mais emoções nos próximos quilómetros. A capacidade de gestão de pneus, a navegação precisa e a resistência mecânica dos veículos serão determinantes para os resultados finais.

Mais informação após o final da etapa.

Tempos Online: CLIQUE AQUI

FOTOS ACP MotorSport