A “brutalidade” de Israel “causou várias vítimas civis”, declarou o porta-voz do Ministério da Saúde Houthi, Anees Alasbahi, segundo o qual há “dois mártires e 48 feridos”.
Os jornalistas da agência France-Presse em Sanaa relataram explosões na cidade, onde colunas de fumo se ergueram em pelo menos três pontos diferentes da capital. Israel já confirmou a autoria dos ataques, que ocorreram um dia depois de drones lançados a partir do Iémen terem atingido a cidade turística de Eilat, no Mar Vermelho.
Na rede social X, o ministro israelita da Defesa afirmou que o ataque desta quinta-feira contra o Iémen “eliminou dezenas de terroristas Houthi e destruiu stocks de drones e armas”. Israel Katz falou ainda num “poderoso golpe” contra os Houthis.
Em comunicado, o Exército israelita disse ter atingido “o quartel-general do Estado-Maior, os complexos pertencentes aos serviços de segurança e de informações do regime terrorista, o quartel-general das relações públicas militares dos Houthis, assim como os campos militares onde foram identificadas armas e combatentes Houthis”.
Segundo o Exército, esses locais eram utilizados “para armazenar armas e para planear e executar ataques terroristas contra Israel”.Drones dos Houthis atingiram Eilat
A cidade costeira de Eilat, no sul de Israel, foi atingida na quarta-feira por um drone disparado do Iémen, de acordo com o Exército israelita. Segundo os serviços de emergência, várias pessoas ficaram feridas devido aos “estilhaços”.
“O drone caiu no centro da cidade de Eilat”, declarou a polícia israelita em comunicado, referindo “danos materiais”.
“Qualquer ataque a cidades israelitas será recebido com um golpe doloroso para o regime terrorista Houthi”, afirmou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na quarta-feira, após o ataque a Eilat.
Desde o início da ofensiva em Gaza, desencadeada pelo ataque de 7 de outubro de 2023 do Hamas, os rebeldes Houthis no Iémen aumentaram o número de disparos de mísseis e drones contra Israel, dizendo estar a agir em solidariedade para com os palestinianos.
Em resposta, Israel levou a cabo uma série de ataques fatais no Iémen, atingindo portos, centrais elétricas e o aeroporto internacional de Sanaa.
c/ agências