“Neste momento não estamos a falar de um furacão de categoria 1, mas sim de uma tempestade pós-tropical com força de um furacão”, anunciou o presidente da Proteção Civil dos Açores, Rui Andrade.
A situação “não é tão gravosa quanto inicialmente se esperava”, mas as preocupações mantêm-se. “Vamos continuar com a mesma prontidão e vigilância”, garantiu Rui Andrade.
A tempestade começou a atingir os Açores pelas 22h00 locais (23h00 em Lisboa) e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê que o período mais crítico seja durante a madrugada, em particular das 3h00 às 9h00. Espera-se forte precipitação, agitação marítima e vento, com as rajadas máximas que podem chegar aos 200 quilómetros por hora.
Prevê-se que a situação mais difícil seja a do grupo central. Cinco ilhas vão ser atingidas pelo olho do furacão na manhã de sexta-feira. Na ilha do Faial, 46 pessoas foram deslocadas para outras habitações por precaução.
Durante a madrugada, o furacão deverá primeiro passar ao largo das Flores e do Corvo, as ilhas do grupo ocidental, com ventos até 150 quilómetros por hora. No grupo oriental, São Miguel e Santa Maria também serão afetadas, embora com menor intensidade.
Perante estas previsões, o Governo declarou situação de alerta e decidiu encerrar todas as escolas e os serviços públicos nos grupos Ocidental e Central. A situação de alerta mantém-se até às 18h00 desta sexta-feira.
A SATA também já anunciou que vai cancelar os voos entre as ilhas dos Açores até às 14h00 de sexta-feira e ativou o plano de contingência.