A redução das tarifas de exportação de automóveis para os EUA está confirmada: baixam de 25% para 15% com efeitos retroativos a 1 de agosto.
Bahnfrend, CC BY-SA 4.0 , via Wikimedia Commons
A administração de Donald Trump vai devolver algum fôlego às marcas europeias. Depois de meses de negociações, os EUA confirmaram finalmente a descida das tarifas EUA automóveis europeus, que passam de 25% para 15%.
O Governo norte-americano confirmou, no Registo Federal, a 24 de setembro, o anúncio oficial, com efeitos retroativos a 1 de agosto. Isto significa que os construtores que exportam automóveis da Europa para os EUA vão recuperar milhões em taxas já pagas. Ou seja, um alívio imediato para os seus resultados financeiros.
O que esteve longe de ser imediato, no entanto, foi todo este processo. Em julho, Washington e Bruxelas tinham fechado um acordo que previa esta redução, mas com uma condição. A União Europeia teria de levantar parte das suas próprias tarifas sobre produtos industriais provenientes dos EUA. Só depois disso é que poderia ser aplicada a descida nas taxas sobre os automóveis e respetivos componentes.
© Volkswagen O Volkswagen Tiguan é um dos modelos que o construtor alemão importa para os EUA.
No final de agosto, a Comissão Europeia cumpriu a sua parte e apresentou legislação para remover essas barreiras. Com esse passo dado, a administração de Trump confirmou agora a entrada em vigor da nova tarifa, tal como descrito pela Reuters, pondo fim a semanas de especulação e incerteza no setor automóvel.
Apesar da descida, convém recordar que a taxa base antes da guerra comercial era de apenas 2,5%. Ou seja, mesmo com os atuais 15%, o custo de exportar automóveis europeus para os EUA continua elevado. Ainda assim, a poupança face aos 25% anteriores é significativa e pode alterar estratégias de produção e logística.
Construtores que mais vão beneficiar
Entre os principais beneficiados estão a Volkswagen, que vende nos EUA sobretudo carros importados, assim como a Hyundai/Kia e a Mercedes-Benz, com mais de metade das vendas dependentes da importação.
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O acordo pode não ter sido o “zero por zero” que a Comissão Europeia desejava, mas já serve para baixar a tensão comercial e dar algum oxigénio às marcas. No imediato, as bolsas reagiram com ganhos para Volkswagen, Porsche e Mercedes-Benz, mostrando que a indústria vê nesta redução uma vitória importante e, sobretudo, um sinal de estabilidade para os próximos meses.
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