Andrew McAfee/Carnegie Museum of Natural History
Ilustração do Joaquinraptor casali, encontrado na Argentina ainda com a sua última refeição na boca.
Megaraptor viveu há entre 70 e 66 milhões de anos e foi um dos principais predadores da zona que hoje pertence à Argentina. Tem o nome do filho do autor do estudo.
Um novo dinossauro, descoberto na Argentina, foi apelidado de Joaquinraptor casali, uma homenagem ao filho do principal autor do estudo, Lucio M. Ibiricu, publicado na terça-feira na Nature Communications que dá conta da nova espécie de megaraptor.
“Relatamos um novo género e espécie de megaraptor (dinossauro) com base num esqueleto parcial bem preservado e parcialmente articulado”, refere o estudo.
O Joaquinraptor casali viveu entre 70 e 66 milhões de anos atrás, no período Cretácico Superior. Foi encontrado ainda com a sua última refeição por digerir, entre os dentes: um osso do braço de um crocodilo, nota a National Geographic.
De acordo com os investigadores argentinos, o dinossauro pode ter medido cerca de sete metros de comprimento e foi um dos principais predadores do centro-sul da Província de Chubut.
O J. casali foi encontrado na Formação Lago Colhué Huapi, na Patagónia Argentina e descoberto e analisado por uma equipa de investigadores liderada pelo Instituto Patagónico de Geologia e Paleontologia, na Argentina.
A espécie é um membro da família dos terópodes megaraptores, dinossauros carnívoros com crânios alongados e antebraços poderosos com grandes garras, encontrados na Ásia, Austrália e América do Sul.
O Joaquinraptor casali permitiu saber mais sobre a espécie por ter fósseis bem preservados, incluindo grande parte do crânio, membros anteriores, posteriores, costelas e vértebras. De acordo com os investigadores, foi dos últimos megaraptores a extinguir-se.
A microestrutura óssea do dinossauro sugere que era um adulto (possivelmente não totalmente desenvolvido), com provavelmente 19 anos na altura da sua morte. A partir de outros restos de megaraptores, a equipa estimou que poderia ter pesado mais de 1.000 quilos.
As evidências sedimentares indicam que o dinossauro viveu num ambiente quente e húmido, com cheias periódicas.
Ele e outros megaraptores sobreviveram como predadores dominantes na Argentina, antes de serem extintos no final do Cretácico, juntamente com outros dinossauros não aviários, ou seja, que não são ascendestes dos pássaros, incluindo espécies como o famoso Tyrannosaurus rex.