Morreu o ator Luís Alberto, anunciou esta sexta-feira a Casa do Artista através de um comunicado divulgado nas redes sociais, classificando o ator como um marco “no teatro, na televisão e no cinema nacional”.

“Começou a representar, por acaso, a convite de Varela Silva e depressa subiu ao palco do Teatro Nacional pela mão de Amélia Rey Colaço. Era já ator quando foi para o Conservatório Nacional, convicto de que era necessário estudar a profissão que queria exercer o resto da vida”, lê-se na nota da instituição onde o ator residia.

A Casa do Artista lembra o percurso do ator, que se estreou em O Morgado de Fafe (1962). No teatro, segundo a instituição, “integrou vários projetos marcantes como Desperta e Canta de Clifford Odets, Todos Eram Meus Filhos de Arthur Miller, O Tempo e a Ira de John Osborne e O Render dos Heróis de José Cardoso Pires”. Pertenceu a várias companhias, como o Teatro Estúdio de Lisboa, Os Bonecreiros, Companhia de Teatro de Almada, chegando a trabalhar também com Raul Solnado e Vasco Morgado.

Ainda no que diz respeito ao teatro, a Casa do Artista recorda que “em 2003 [Luís Alberto] foi distinguido com o Globo de Ouro da SIC, na categoria de melhor ator de teatro, pela peça ‘Copenhaga’”.

A carreira na televisão começou em 1965, em Os Apaixonados, de Goldoni, tendo, a partir daí, participado em diversas produções como Retalhos da Vida de um Médico (1980), Tragédia da Rua das Flores (1983), Todo o Tempo do Mundo (1999), Almeida Garrett (2000), Jardins Proibidos (2000, 2014), Segredo de Justiça (2001), Filha do Mar (2001), A Minha Sogra É uma Bruxa (2002), Tudo Por Amor (2002), Inspector Max (2004), Baía das Mulheres (2004), Conta-me Como Foi (2007), Laços de Sangue (2010) e Sangue Oculto (2022).

Na nota, a Casa do Artista faz, ainda, referência ao percurso de Luís Alberto no cinema, onde “integrou filmes como Dom Roberto (1962), As Ruínas no Interior (1976), A Santa Aliança (1978), A Fuga (1978), Verde por Fora, Vermelho por Dentro (1980), Longe da Vista (1998), A Bomba (2002)”.

“Gratos pelo legado que nos deixa. Até sempre, Menino Luís”, concluiu a Casa do Artista.