Em 2022, a Artemis 1 testou os sistemas terrestres, o foguete e a espaçonave sem tripulação. E agora, a Artemis 2 está pronta para enviar humanos ao redor da Lua. Essa tripulação viajará mais longe do que qualquer ser humano já viajou antes.

E agora, está quase chegando. A data oficial de lançamento é abril de 2026 (ainda não foi escolhido um dia específico), embora a Nasa esteja trabalhando discretamente para que seja já em 5 de fevereiro. A missão será lançada no Space Launch System (SLS), um megafoguete da Nasa projetado especificamente para o programa Artemis, que levará os astronautas à órbita da Terra. 

Após a separação do foguete, o motor principal da Orion colocará a espaçonave em uma longa trajetória ao redor da Lua. Com duração prevista de quase 10 dias, a Artemis 2 não pousará na Lua. Essa façanha está reservada para a Artemis 3, atualmente prevista para meados de 2027.

A cada dia que passa, tudo parece mais real, com mais chances de realizarmos a missão com as pessoas com quem estaremos”, afirma Koch em uma coletiva de imprensa no início de agosto.

À medida que a data de lançamento se aproxima, Glover diz à National Geographic que está totalmente focado na missão Artemis. “Para mim, os sentimentos podem ser uma distração”, comenta Glover quando questionado sobre o quanto está animado. “Faça-me essa pergunta novamente quando terminarmos a missão e eu lhe darei todas as respostas emocionantes.”

Mas por que a Artemis 2 é tão importante, apesar de não incluir um pouso lunar? Simples: ela dará início a uma era totalmente nova de exploração humana do Cosmos.

O objetivo do programa Apollo era levar humanos à superfície lunar. Ele não foi projetado para nos manter lá. “Diferentemente do Apollo, desta vez, quando formos à Lua, queremos ficar”, revela Lori Glaze, administradora associada interina da Diretoria de Missões de Desenvolvimento de Sistemas de Exploração da Nasa. 

Queremos ter uma presença sustentável na Lua. Queremos poder voltar várias vezes ao longo dos anos, para realmente aprender a viver e trabalhar nesse ambiente que está um pouco mais distante da Terra.” A Artemis 2 é o próximo passo.

A missão Artemis irmã de Apolo na mitologia grega – levou décadas para ser desenvolvida. Suas sementes foram plantadas em 2004 com o que era então chamado de programa Constellation. Foi quando começou o desenvolvimento do Orion e do SLS, em um esforço para retornar à Lua

O Constellation acabou sendo cancelado em 2011. Mas o trabalho no SLS e no Orion não foi totalmente descartado. Quando Artemis foi anunciado em 2017 como parte do programa Moon to Mars (“da Lua a Marte”, em português) da Nasa, eles foram reaproveitados.

primeira missão do programaArtemis 1, decolou em 16 de novembro de 2022. O voo não tripulado para testar o equipamento foi, no geral, um sucesso. Desde os primeiros momentos estrondosos da decolagem até a separação de seu segundo estágio da cápsula Orion na órbita da Terra, o SLS atendeu ou superou todas as expectativas da Nasa.

O Orion foi uma história diferente; surgiu um problema inesperado com o escudo térmico da cápsula.