O Universo DC (DCU) de James Gunn e Peter Safran está se unindo de formas inesperadas. O mais recente episódio de “Pacificador” (Peacemaker) da HBO Max, a série de TV estrelada por John Cena, entregou um cameo (participação especial) bombástico que não apenas agitou o enredo da série, mas também estabeleceu uma conexão crucial para o futuro do DCU no cinema: o bilionário gênio do mal Lex Luthor, interpretado por Nicholas Hoult, fez uma aparição surpresa, reafirmando a interligação entre a série e o filme “Superman”.

A presença de Luthor, que está preso após os eventos do filme “Superman” e de seus crimes que quase destruíram Metrópolis ao abrir um buraco interdimensional, não é casual. O episódio, escrito e dirigido por James Gunn, mostra o General Rick Flag Sr. (Frank Grillo), chefe da A.R.G.U.S., buscando a ajuda de Luthor, o único com conhecimento científico para rastrear o dispositivo de viagem dimensional que o Pacificador, Christopher Smith (John Cena), usou para escapar.

O acordo com o vilão e a conexão com ‘Man of Tomorrow’

A cena chocante em Belle Reve, a prisão de metahumanos, coloca Flag e Luthor frente a frente. Luthor, que cumpre uma sentença de 265 anos e está visivelmente incomodado com a presença de metahumanos na prisão, aceita a proposta de Flag. Em troca de usar seus conhecimentos para rastrear o Pacificador e o portal, Luthor será transferido para Van Kull, uma prisão sem metahumanos, e ganha uma “oportunidade de redenção”.

Gunn, que é o co-CEO do DC Studios ao lado de Peter Safran, confirmou que a segunda temporada de “Pacificador” leva diretamente à sequência de “Superman”, intitulada “Man of Tomorrow”, prevista para 2027. O acordo entre Flag e Luthor é o primeiro passo para o desenvolvimento de uma narrativa que pode levar o vilão a uma posição de “quase-liberdade”, ou até mesmo trabalhando em uma capacidade oficial dentro da A.R.G.U.S.

Essa parceria inesperada é uma clara preparação para a trama de “Man of Tomorrow”, que, segundo rumores e comentários de Gunn, pode apresentar um cenário onde Superman e Lex Luthor são forçados a trabalhar juntos para enfrentar uma ameaça maior, possivelmente o supervilão cósmico Brainiac. A série “Pacificador” está, portanto, servindo como uma ponte narrativa, explicando como Luthor, após ser preso, consegue retomar um papel influente na luta contra ameaças que o Superman sozinho não consegue conter.

Os envolvidos no novo Universo DC

O novo DCU está sendo cuidadosamente orquestrado por seus líderes, James Gunn e Peter Safran, que foram nomeados co-CEOs do DC Studios em 2022. Eles são responsáveis por supervisionar todos os projetos de filmes, TV, animação e jogos baseados nos personagens da DC.

  • James Gunn: Cineasta renomado, é co-CEO e co-Chairman do DC Studios. Ele se destacou na Marvel com a trilogia “Guardiões da Galáxia” e dirigiu e escreveu o filme “O Esquadrão Suicida” (2021) e a série “Pacificador”. Gunn também escreveu e dirigiu o “Superman” (2025). Seu estilo é conhecido por misturar ação, comédia e personagens complexos.
  • Peter Safran: Produtor de longa data e co-CEO do DC Studios. Ele produziu vários filmes de sucesso, incluindo projetos do Universo Invocação do Mal e filmes da DC como “Aquaman” e “Shazam!”. Ele e Gunn já haviam trabalhado juntos em “O Esquadrão Suicida” e “Pacificador”.
  • John Cena: Ator e lutador profissional de sucesso, Cena interpreta o protagonista, Christopher Smith, o Pacificador. Ele é famoso por sua carreira na WWE e por papéis em filmes de ação e comédia como “Bumblebee” e a franquia Velozes e Furiosos. O personagem Pacificador, um vigilante que busca a paz a qualquer custo, por mais violento que seja o método, ganhou grande popularidade após sua estreia em “O Esquadrão Suicida”.
  • Nicholas Hoult: Ator britânico, conhecido por seus papéis em “Mad Max: Estrada da Fúria” e “X-Men: Primeira Classe”. Ele dá vida ao novo Lex Luthor no DCU, um gênio tecnológico e arqui-inimigo do Superman.

A inclusão estratégica de Luthor em “Pacificador “mostra que cada peça do novo DCU é importante e está interligada, garantindo que as narrativas do cinema e da TV se complementem e se preparem para o futuro.