Comey foi identificado pelo Presidente numa publicação nas redes sociais no passado fim-de-semana, na qual Trump se queixava diretamente a Bondi por esta ainda não ter apresentado acusações contra o ex-responsável do FBI.
Trump lamentou, numa publicação no Truth Social dirigida à procuradora-geral, que as investigações do departamento não tivessem resultado em processos judiciais e afirmou que nomearia Lindsey Halligan, conselheira da Casa Branca, para exercer as funções de procuradora dos para o Distrito Leste da Virgínia.
Esta foi uma das advogadas pessoais de Trump e não tem experiência como procuradora federal.
“Não podemos adiar mais, isto está a acabar com a nossa reputação e credibilidade”, escreveu Trump, referindo-se ao facto de ele próprio ter sido acusado e submetido a processos de destituição várias vezes.
“A JUSTIÇA TEM DE SER FEITA, AGORA!!!, publicou o Presidente norte-americano.
Halligan apressou-se a apresentar o caso a um grande júri esta semana.
O gabinete que abriu o processo contra Comey, no Distrito Leste da Virgínia, entrou em crise na semana passada após a demissão do procurador-chefe Erik Siebert, sob pressão para apresentar acusações contra outro alvo de Trump, a procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, numa investigação de fraude hipotecária.
Há anos que Trump se manifesta contra a conclusão das agências de informações norte-americanas de que a Rússia o preferiu à democrata Hillary Clinton nas eleições de 2016 e contra a investigação criminal que tentou determinar se a sua campanha tinha conspirado com Moscovo para influenciar o resultado dessa disputa.
Os procuradores, liderados por Robert Mueller, não provaram que Trump ou os seus parceiros conspiraram criminalmente com a Rússia, mas concluíram que a campanha de Trump acolheu favoravelmente a ajuda de Moscovo.