Esta é a 13ª reserva do género em Portugal.
André Martins, presidente da Associação de Municipios Região Setúbal, considerou este passo será essencial para a proteção e a promoção da Serra em termos ambientais, económicos e paisagísticos.
A candidatura havia sido apresentada pela Associação de Municípios da Região de Setúbal, que coordenou o processo.
As Câmaras Municipais de Palmela, Sesimbra e Setúbal e pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, assinaram igualmente a candidatura, que o Comité Internacional elogioucomo “muito bem documentada”. A Arrábida, na Península de Setúbal, passa a integrar agora uma rede mundial de 785 Reservas da Biosfera onde se encontram áreas naturais, incluindo as Galápagos, no Equador, o Serengueti, na Tanzânia, o Yellowstone, nos Estados Unidos ou o Parque Donaña ou Canárias, em Espanha.
O Comité Consultivo reconheceu que a candidatura apresentou “uma paisagem diversificada caracterizada pela Serra da Arrábida e um rico ecossistema marinho”.
Na sua recomendação, destacou “as mais de 1400 espécies vegetais – que representam 40 por cento da flora portuguesa –, incluindo 70 espécies raras e endémicas”, e destacou a “fauna diversificada, com 200 espécies de vertebrados e mais de 2000 espécies marinhas”.
Também o Plano de Ação apresentado pelas autarquias envolventes mereceu menção, considerando o Comité que ele “define objetivos de conservação, desenvolvimento e resiliência climática, alinhados com o Plano de Ação de Lima e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas”.
Entre os desafios colocados à Serra da Arrábida coloca-se a sua promoção, proteção e desenvolvimento sustentável.
Os municípios da Região de Setúbal acreditam que a distinção da Reserva da Biosfera da Arrábida dada pela Unesco irá estimular um amplo movimento de conhecimento e de sensibilização sobre os
valores naturais e culturais da região, a par da experimentação.
O objetivo, referiram, é que este território se afirme como exemplo de
equilíbrio, usufruto sustentável e boas práticas comunitárias.
A distinção como reserva de Biosfera deverá criar também uma verdadeira plataforma de trabalho integrado entre as
autarquias, o ICNF e o conjunto de outros agentes que diariamente
utilizam este espaço e os seus recursos.
Congresso Mundial de Reservas da Biosfera, que terminou na sexta-feira, foram anunciadas as 30 novas áreas, incluindo as de quatro de países lusófonos, Portugal, S. Tomé e Príncipe, Angola e Guiné Equatorial.