“O contributo negativo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB [Produto Interno Bruto] foi menos acentuado, refletindo a desaceleração mais pronunciada das importações de bens e serviços que a observada nas exportações de bens e serviços”, explica o INE.
Por outro lado, “o contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu no segundo trimestre, em resultado do abrandamento do investimento”.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, houve uma desaceleração das importações, mas o mesmo não se notou nas exportações de forma tão expressiva, apesar da enorme incerteza gerada pelas tarifas de Donald Trump no arranque do ano.
O Governo mantém a meta de chegar ao fim do ano com um crescimento de 2%.
Zona Euro cresceu 1,4%
Segundo o Eurostat, a economia da zona euro cresceu 1,4% no segundo trimestre e a da União Europeia 1,5%, face ao período homólogo. O PIB de Portugal registou a segunda maior subida em cadeia (0,6%), divulga o Eurostat.
Nos primeiros três meses do ano, o Produto Interno bruto (PIB) dos países da área do euro teve um avanço homólogo de 1,5% e o do conjunto dos 27 Estados-membros de 1,6%.
Na comparação com o trimestre anterior, entre abril e junho, o PIB aumentou 0,1% na área do euro e 0,2% na UE, de acordo com uma estimativa provisória preliminar publicada pelo serviço de estatística europeu e que ainda pode ser revista.
O crescimento do PIB abrandou, no segundo trimestre, face ao de 0,6% na área do euro e de 0,5% na UE registados no período anterior.
A taxa de crescimento homóloga foi positiva em todos os países, refere o Eurostat, com a Irlanda (16,2%), a Lituânia (3,0%) e Espanha (2,8%) a registarem as maiores subidas.
Na comparação em cadeia, a Espanha (0,7%) registou o maior aumento, seguida de Portugal (0,6%) e da Estónia (0,5%). Registaram-se decréscimos na Irlanda (-1,0%), Alemanha e Itália (ambos -0,1%).
c/ Lusa