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Tem o triplo do açúcar de uma barra de cereais comuns, mas esta deliciosa fruta pode ajudar a baixar os níveis de açúcar no sangue em pré-diabéticos e a desenvolver massa muscular magra.

Num novo estudo, o hábito diário de comer manga produziu resultados inesperados em pessoas com pré-diabetes.

Embora esta saborosa fruta tropical contivesse mais açúcar natural do que uma barra de cereais, na verdade baixou os níveis de açúcar no sangue enquanto aumentou a massa corporal magra ao longo de seis meses.

Estas descobertas contra-intuitivas, desafiam a sabedoria convencional de que pessoas em risco de diabetes devem evitar frutas doces, resultaram de um estudo conduzido na Universidade Estatal da Florida e liderado por Raedeh Basiri, investigadora da Universidade George Mason.

O estudo, cujos resultados foram apresentados num artigo recentemente publicado na revista Foods, acompanhou 23 adultos com pré-diabetes, divididos em dois grupos, que comeram diariamente 300 gramas de manga fresca ou uma barra de cereais com calorias equivalentes durante 24 semanas.

No final do estudo, o grupo da manga tinha glucose em jejum bastante mais baixa comparado com os que comeram barras de cereais.

Embora as mangas contivessem uma dose diária de cerca de 32 gramas de açúcares naturais da fruta, contra apenas 11 gramas de açúcares adicionados nas barras processadas, os que comeram manga viram o seu marcador de açúcar no sangue a longo prazo (HbA1c) permanecer estável. Os níveis de HbA1c do grupo das barras de cereais aumentaram significativamente durante o mesmo período.

Curiosamente, o grupo da manga não só evitou a deterioração do açúcar no sangue, como também aumentou a massa livre de gordura e perdeu gordura corporal.

Os participantes registaram uma diminuição quase significativa na percentagem de gordura corporal e um aumento notável na massa livre de gordura, que inclui músculo, osso e tecido de órgãos.

O grupo de controlo mostrou aumentos no índice de massa corporal e na relação cintura-anca, embora nem todas as alterações tenham atingido significância estatística.

Estas mudanças na composição corporal podem ser importantes para o risco de diabetes a longo prazo, nota o Study Finds.

Estudos anteriores mostraram consistentemente que uma maior massa livre de gordura protege contra a Diabetes Tipo 2, ao melhorar a sensibilidade à insulina e o metabolismo da glucose. Pessoas com maior massa muscular relativa têm menor resistência à insulina e risco reduzido de pré-diabetes em estudos populacionais alargados.

A tendência para o alargamento da cintura no grupo das barras de cereais espelha a trajetória que tipicamente leva da pré-diabetes à diabetes tipo 2 em pleno, salientam os autores do estudo.


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