Segundo o Jornal de Negócios, a fabricante sueca Saab sinalizou interesse em fornecer caças Gripen para a Força Aérea Portuguesa, apresentando-se como uma alternativa mais econômica aos concorrentes F-35 (EUA) e Rafale (França). A empresa promete investimentos em tecnologia e indústria local caso Portugal opte pelo seu caça de última geração.

Em visita a Lisboa, o ministro da Defesa da Suécia e representantes da Saab reuniram-se com o ministro português da Defesa e com o eurodeputado Nuno Melo, assinando um acordo com a OGMA e a Critical Software para reforçar a cooperação em engenharia e manutenção aeronáutica.

Segundo Daniel Boestad, vice-presidente da divisão de caças Gripen, a Saab precisa duplicar a capacidade de produção e vê a indústria portuguesa como parceira estratégica:

“Tenho viajado muito pela Europa e a vossa indústria é muito boa”, afirmou.

O executivo sublinhou que o custo de operação do Gripen é cerca de um terço do valor do Rafale e do F-35, reforçando que o caça sueco é “de longe, o mais barato ao longo de todo o ciclo de vida”.

Boestad citou o exemplo do Brasil, que já encomendou 36 aeronaves e fabricará parte delas localmente, para demonstrar o potencial de transferência de tecnologia.

As cargas externas do Gripen E. Clique na imagem para ampliarAs armas e cargas externas do caça Saab Gripen E

Com um orçamento português de cerca de seis bilhões de euros para reequipar as Forças Armadas, a Saab posiciona-se como opção “cost effective” para substituir os atuais F-16, defendendo que o Gripen oferece elevada capacidade operacional a um custo significativamente mais baixo e com possibilidade de produção e manutenção em território nacional.

A decisão final do governo português ainda não tem data, mas a visita da delegação sueca marca o início de uma disputa que pode envolver também os fabricantes do F-35 e do Rafale.■

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