João Félix chegou, treinou duas vezes e jogou. O internacional português foi titular frente ao Toulouse, dois dias depois de se juntar ao grupo, e jogou no centro de uma linha de apoio a Cristiano Ronaldo, com Sadio Mané pela esquerda e Ângelo pela direita.
Parece que Jorge Jesus já tem ideias claras do que quer fazer. Sem Otávio, que ficou de fora do estágio por opção técnica e deve estar de saída, o treinador entrega o meio campo defensivo a dois monstros de trabalho: Brozovic e Wesley (que grande jogo do ex-Corinthians).
Para a frente, quatro homens de ataque, mas com obrigações também de ajudar a pressionar e encurtar os espaços para o adversário: Ângelo na direita, João Félix ao centro e Sadio Mané na direita, com Cristiano Ronaldo na frente. Estes quatro, porém, estão sempre a mudar de posição.
Depois, é o habitual: uma pressão muito forte logo que a equipa perde a bola e uma linha de quatro na defesa a jogar sempre adiantada, para colocar os adversários em fora de jogo.
Ora foi com estas ideias que o Al Nassr entrou em campo, a mandar no jogo. O Toulouse, que até agora soma por derrotas todos os jogos de preparação, foi reagindo com o tempo e tornando-se melhor: colocou-se na frente do marcador por Ghobo, após grande erro do central Yahya, e ameaçou fazer o segundo logo depois.
Ora portanto era o Toulouse que estava por cima, quando apareceu Cristiano Ronaldo.
O internacional português, diga-se, só jogou a primeira parte, mas ainda assim foi o suficiente para fazer a diferença a favor do Al Nassr. Depois de atirar ao lado logo a abrir, numa jogada em que até atrapalhou João Félix, empatou a partida aos 34 minutos: Brozovic abriu em Wesley, que cruzou da direita, para a finalização de Ronaldo.
Pouco depois, aos 40 minutos, abriu o livro: recebeu novamente de Wesley, por duas vezes deu um nó cego no mesmo adversário, ganhou espaço de remate e atirou fortíssimo de pé esquerdo, a rasar o poste.
Já João Félix mostrou as dificuldades normais de um jogador que chegou há dois dias: apresentou alguns pormenores de classe, chegou a fazer uma maldade ou outra, sofreu muitas faltas, mas faltou-lhe ser mais influente no jogo da equipa: nota-se que ainda está à procura de ritmo de jogo.
A segunda parte, já sem Ronaldo, foi bem menos interessante do que a primeira. As muitas substituições alteraram o ritmo da partida, perdeu-se muito tempo com a bola parada e a partir dos 60 minutos deixou de haver João Félix também em campo, substituído por Mohammed Marran.
Ora foi precisamente Marran que fez o golo do triunfo, aos 76 minutos, com um grande cabeceamento após cruzamento da direita de Bu Washl. Um golo que trouxe alguma justiça ao resultado.
Foi o segundo jogo e a segunda vitória do Al Nassr de Jorge Jesus, depois do triunfo por 5-2 sobre o TSV St. Johann. Este teste, porém, foi bem mais exigente.