Novo Hamburgo está em estado de alerta para doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya. O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), realizado na primeira quinzena de setembro apontou índice de infestação predial de 1,1%, o que significa que a cada 90 imóveis vistoriados, um deles apresentou larvas ou pupas do Aedes aegypti.

Ao todo, 4.033 imóveis foram vistoriados e 115 amostras coletadas, sendo que 43% delas testaram positivo para o mosquito transmissor. O levantamento também apontou que os recipientes como pratinhos de vasos de plantas, bebedouros de animais, baldes e garrafas representam 55,1% dos focos encontrados. Em seguida, aparecem os pneus e materiais rodantes, com 14,3%, e o acúmulo de lixo e entulhos, 12,2%. Depósitos fixos, como ralos e calhas, correspondem a 10,2% dos registros.

A supervisora dos Agentes de Combate às Endemias da Secretaria de Saúde do município, Andrea Martins, reforça que mesmo com que o índice seja considerado de alerta e não de alto risco, “é fundamental que a população faça vistorias semanais em suas residências e elimine qualquer local que possa acumular água. O mosquito segue presente e a prevenção depende da participação de todos.”

Outro ponto fundamental, segundo Andrea, é que a população receba os agentes em suas residências. “É muito importante que os moradores permitam a entrada dos agentes para que eles possam vistoriar os locais, orientar sobre os possíveis criadouros e eliminar focos do mosquito. Esse trabalho conjunto é essencial.”

De janeiro até setembro, Novo Hamburgo recebeu 4.101 notificações de casos suspeitos de dengue, sendo 3.221 confirmados, 85 em investigação, 795 descartados e um óbito. Os bairros com maior concentração de positivados são Canudos e São Jorge, que somaram mais de 70% das confirmações.

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