O Festival do Rio, referência no calendário audiovisual brasileiro, vai exibir Honestino, o novo documentário de Aurélio Michiles, segundo anúncio de Bruno Gagliasso nas redes sociais neste domingo (28/9).

A obra propõe uma fusão entre documentário e ficção para narrar a vida de Honestino Guimarães, presidente nacional da UNE, aluno da UnB e figura central da militância estudantil da geração de 1968. Preso cinco vezes por atividades políticas, Honestino foi sequestrado aos 26 anos em 1973, tornando-se um nas centenas de desaparecidos da ditadura militar.

O longa reconstrói sua trajetória a partir de depoimentos de familiares, amigos, políticos e militantes, incluindo Almino Afonso, Jorge Bodanzky, Franklin Martins e Betty Almeida, biógrafa do líder estudantil. Gagliasso interpreta Honestino nas cenas de ficção, acrescentando um olhar contemporâneo à narrativa.

Gravado em Brasília, com destaque para a Universidade de Brasília — espaço simbólico para a história do militante —, o filme busca dar vida à memória da época. Michiles, contemporâneo de Honestino, explicou em entrevista ao Correio: “O objetivo desse filme é fazer a arqueologia da história, de uma forma em que a história não é passado, e sim presente e viva”.

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Gagliasso também ressaltou sua motivação para aceitar o papel: “Honestino é uma das vítimas daquela época. A nova juventude precisa ouvir, entender e compreender. Esse é o nosso papel”. 

 

Bianca Lucca Repórter

Jornalista pelo Centro Universitário de Brasília, apaixonada por literatura e questões sociais. Passou pela editoria de Cultura e agora escreve para o CB On-line, onde assina o Blog Daquilo.