Enquanto as mulheres vão ao hospital pelo menos uma vez por ano, a maioria dos homens costuma esperar por sintomas para procurar ajuda médica. A constatação faz parte da pesquisa inédita Tumores e mama e de próstata: a visão de homens e mulheres, divulgada nesta segunda-feira (29/9) pelo Coletivo Pink, iniciativa da Pfizer em parceria com as principais associações de pacientes oncológicos do país.

O levantamento mostrou que 49% das mulheres vão ao médico pelo menos uma vez por ano para fazer um check-up. Nos homens esse número é de 34%. Já 39% dos homens disseram que vão ao médico se tiverem pelo menos um sintoma incomodando: uma dor que não passa, alteração no sono, apetite, pele ou intestino. Nas mulheres, esse número é de 31%.

A pesquisa também aponta que ter câncer é uma das maiores preocupações de saúde para 62% das mulheres e 54% dos homens. Mas, no caso dos homens, 48% não estão cientes de que o câncer de próstata é uma das principais causas de morte por câncer na população masculina. 

Sobre os fatores de risco, 56% dos entrevistados não consideram a influência da obesidade para a doença. Além disso, 49% dos homens e 45% das mulheres não estão bem informados sobre os prejuízos do cigarro para os pacientes.

O levantamento aponta, ainda, que 52% dos homens e 71% das mulheres não sabem bem sobre o impacto da herança genética. “A falsa convicção sobre o histórico familiar pode desestimular a tomada de atitudes importantes, capazes de alterar fatores de risco controláveis”, diz a pesquisa.

Ainda segundo a pesquisa, 60% das mulheres acreditam que apalpar as próprias mamas é a principal medida para a detecção precoce do câncer de mama. No entanto, apesar da medida ser importante, ela não é suficiente para detectar a doença.

A pesquisa também mostrou que o conhecimento sobre a indicação da mamografia precisa avançar, pois uma em cada quatro mulheres não está bem informada sobre a importância da mamografia anual a partir dos 40 anos. Na semana passada, o Ministério da Saúde anunciou que vai garantir o acesso a mamografia no Sistema Único de Saúde (SUS) a mulheres de 40 a 49 anos, mesmo sem sinais ou sintomas de câncer. 

Sobre o câncer de próstata, 70% dos homens não estão cientes dos benefícios de associar o exame de dosagem de PSA (Antígeno Prostático Específico) ao toque retal, mesmo que o exame de sangue não aponte alterações.

A pesquisa ouviu 1.740 pessoas neste mês, contemplando todas as regiões do Brasil, com os seguintes grupos etários: 18 a 24 anos; 35 a 44 anos; 45 a 59 anos e 60 anos ou mais. O tema da edição do Coletivo Pink deste ano é Tom sobre Tom, que une informações não só sobre câncer de mama, mas também acerca do câncer de próstata.

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

Aline Gouveia Repórter

Jornalista formada pelo Centro Universitário IESB. Apaixonada por boas histórias e interessada em pautas sobre saúde mental e direitos humanos.