Ian Anderson, vocalista e flautista do Jethro Tull, não economizou nas palavras ao comentar sobre a performance vocal de Mick Jagger, ícone dos Rolling Stones. Em entrevista recente ao canal Now Spinning Magazine (via Ultimate Guitar), Anderson refletiu sobre as exigências físicas de se apresentar ao vivo — especialmente na terceira idade — e aproveitou para lançar uma crítica direta ao estilo de cantar de Jagger.
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Foto: Divulgação – Midiorama
“Se você é o Mick Jagger e está só correndo por aí com vocais meio gritados, então, sim… Sem desrespeito, mas o Mick Jagger nunca colocou o sarrafo muito alto em termos de habilidades vocais desde o começo”, afirmou Anderson. Segundo ele, Jagger é “um gritador” que não precisa necessariamente acertar as notas ou se preocupar muito com afinação e fraseado. “Ele corre por aí de maneira muito animada, e isso é ótimo para alguém que é… sei lá, dois ou três anos mais velho do que eu.”
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Anderson, que também tem seus mais de 70 anos, destacou as diferenças entre sua performance e a de Jagger: “Não é tão fácil quando você está tentando tocar flauta. Há um limite para o que se pode fazer. E tende a ser assim: se não estou tocando flauta, estou cantando.”
Essa não foi a primeira vez que o líder do Jethro Tull fez comentários críticos sobre Jagger ou os Stones. Em um artigo escrito para a revista Classic Rock em 2021, Anderson já havia alfinetado a construção da imagem da banda. Segundo ele, os Rolling Stones tentaram emular uma estética “rude” e operária que os Beatles naturalmente possuíam. “Os Stones foram inicialmente vistos como encrenqueiros, mas isso foi uma reação calculada à imagem de bons moços dos Beatles”, escreveu. Sobre Jagger, disparou: “Ele sempre pareceu muito autoconsciente para ser considerado um cara durão; parecia que cairia se você soprasse nele.”
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