Kremlin continua a garantir que estes recrutas servem o país dentro de portas, mas até já Vladimir Putin admitiu que não é sempre assim

O presidente da Rússia ordenou a mobilização de 135 mil homens até ao fim deste ano, naquela que será a maior mobilização em nove anos na estação de outono, de acordo com o jornal The Moscow Times.

Nesse ano de 2016, Vladimir Putin ordenou a mobilização de 152 mil soldados. Agora, com a guerra na Ucrânia a arrastar-se para os quatro anos, vai aumentar os destacamentos, que se têm cifrado numa média de 127 mil militares a cada outono.

Ainda assim, esta mobilização fica atrás da realizada nesta primavera, quando o Kremlin convocou 160 mil homens para combaterem no terreno, no que marcou a maior mobilização naquela estação do ano desde 2011.

A Rússia costuma realizar duas mobilizações todos os anos, nas estações intermédias, quando ordena o serviço militar obrigatório de um ano a homens entre os 18 e os 30 anos.

Normalmente as mobilizações são maiores na primavera, como aconteceu também este ano, uma vez que há mais pessoas a graduarem-se no ensino superior ou secundário.

O The Moscow Times escreve que oficialmente se espera que estes homens sirvam as Forças Armadas da Rússia em bases militares dentro do país, mas nem sempre isso é mesmo assim.

O Kremlin e o Ministério da Defesa da Rússia insistem que estas mobilizações não servem para enviar combatentes para o terreno, garantindo que nada têm que ver com a guerra na Ucrânia.

No entanto, a Ucrânia tem referido por várias vezes que já capturou soldados russos mobilizados, sendo que até o próprio Vladimir Putin admitiu o destacamento, ainda que de forma errada, de alguns militares mobilizados.