Vários acidentes levantaram um grave alerta nos Estados Unidos. Foram detetados airbags falsos, provenientes da China, instalados em alguns veículos. Estes dispositivos, que deveriam salvar vidas, podem tornar-se autênticas armas, explodindo de forma descontrolada e provocando vítimas mortais.

A importância dos sistemas de segurança no automóvel

A segurança ao volante é sempre uma prioridade para construtores e condutores. Os airbags desempenham um papel fundamental, reduzindo o risco de ferimentos graves em caso de acidente.

Contudo, problemas como os defeitos da marca Takata já levaram à imobilização de milhões de carros em todo o mundo. Agora, surge um novo e preocupante caso, desta vez ligado a falsificações fabricadas na China.

Investigações revelam falhas graves

Nos Estados Unidos, sete acidentes e cinco mortes foram relacionados com airbags falsos. As investigações apontam para a empresa DTN Airbag, cujos infladores utilizam substâncias químicas instáveis, capazes de inflamar durante o disparo.

Em vez de proteger, estes airbags podem explodir violentamente, funcionando como uma granada dentro do carro.

Um dos primeiros casos investigados aconteceu na Florida, quando uma condutora sofreu um acidente a baixa velocidade. O airbag não funcionou corretamente e explodiu de forma descontrolada, causando a sua morte.

Falsificações que imitam, mas não protegem

Estes airbags falsos chegam ao mercado como imitações das peças originais, mas com materiais de baixa qualidade e um preço muito inferior. Muitos condutores americanos nem sabem que os têm instalados.

Oficinas independentes, em alguns casos sem conhecimento da falsificação, importaram-nos da China e instalaram-nos em veículos. Bob Stewart, presidente do Conselho de Antifalsificação Automóvel e responsável de proteção de marca da General Motors, alertou:

Estas falsificações são feitas com materiais de fraca qualidade e têm maior probabilidade de falhar, porque não passam pelo mesmo processo de engenharia do produto real.

O secretário dos Transportes dos EUA, Sean Duffy, foi claro na sua posição:

Quem importar e instalar estes equipamentos chineses defeituosos está a colocar famílias em perigo e a cometer um crime grave.

A empresa acusada, por sua vez, afirma que não opera no mercado norte-americano e que os seus produtos estão proibidos nos EUA. Ainda assim, os airbags envolvidos nos acidentes fatais tinham origem nesse fabricante.

O caso ganhou repercussão após sete incidentes confirmados, cinco deles fatais, envolvendo componentes fabricados pela empresa chinesa Jilin Province Detiannuo Safety Technology, também conhecida como DTN Airbag.

O barato pode sair caro

Não se sabe ao certo quantos veículos circulam com estes sistemas falsificados. A preocupação aumenta porque muitos condutores desconhecem se os airbags do seu carro são originais ou imitações perigosas.

O caso serve como alerta: em sistemas de segurança não se deve poupar. As versões falsificadas podem ser letais e transformar um dispositivo destinado a salvar vidas numa ameaça dentro do próprio automóvel.