José Mourinho explicou, na antevisão ao jogo com o Chelsea, que abriu o treino na íntegra à imprensa por existirem câmaras em certos pontos de Stamford Bridge… que o próprio mandou colocar quando treinava os «blues». O técnico do Benfica também assumiu que está «numa situação complicada» por ter entrado a meio da época e garantiu que não assinava o empate, pelo menos antes do jogo.

Benfica pode conseguir algo de especial neste jogo com base no que trabalhou

«O trabalho foi não-trabalho. Mas esse não-trabalho era o que os jogadores precisavam. Finalmente, tiveram três dias entre jogos. Desde que cheguei, os jogos foram sempre com dois dias de intervalo. Quando isso começa a acumular, chegámos ao último jogo com o Gil Vicente em grandes dificuldades. Alguns jogadores estavam no vermelho na análise “data” após o jogo. Tivemos três dias de não-trabalho. O trabalho de organização tática para o jogo de amanhã é mais passivo do que ativo no campo. Gostaria de ter treinado hoje no Seixal, mas não foi possível por logística. No treino de hoje tinha duas opções: o treino era aberto, com os jornalistas lá e não podia trabalhar taticamente. A segunda opção era só 15 minutos para vocês e aberto para as câmaras que estão aí, que fui eu que as pus há muito anos. O que significa que o treino seria na mesma aberto. Portanto, o treino de hoje é de ativação, sem grande trabalho tático. Os jogadores estão muito concentrados no que analisámos e falámos. Foi isso que fizemos ontem e hoje e continuaremos amanhã. Acredito muito mais no trabalho de campo, mas princípios de organização vamos ter. Temos boas possibilidades de discutir o jogo contra uma grandíssima equipa.»

Benfica nunca conseguiu vencer o Chelsea

«Se falássemos de dez jogos, nove derrotas e um empate… Foram quatro jogos? Pensei que tinham sido menos. Não me agarro muito a isso. Normalmente, as equipas portuguesas não têm grandes resultados contra ingleses, porque as equipas inglesas são fortes. Têm mais intensidade, com mais tempo de útil de jogo. Em Portugal há muita paragem, muita equipa que em vez de jogar prefere que o adversário não jogue. As equipas inglesas, normalmente, estão um nível acima das nossas. »

Assinava o 0-0?

«Não. Se calhar, ao minuto 88, assinava três vezes. Depende do jogo. O empate é ótimo se o adversário for muito melhor do que tu. Se o Chelsea for muito melhor, se nos dominar e empurrar para trás, se não conseguirmos criar nada, o empate assina-se com grande alegria. O jogo ainda não começou. Não estamos a falar da fase a eliminar. Qualquer ponto é um ponto que serve neste formato. Cada ponto ajuda-te a atingir um primeiro objetivo ou um segundo objetivo.»

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«Faça-me essa pergunta amanhã, depois do jogo.»

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«Como pessoa, nada muda. O facto de estar em Portugal, de estar agora perto de casa… nada muda. Tenho dormido muitas vezes no centro de estágio do Benfica. Vou dizer algo que vai ser interessante para os portugueses: só tive uma sessão de treinos com o grupo completo. Nas outras, uns estavam a recuperar, outros não estavam por outra razão. Não tenho tido tempo para nada. Só tenho tentado preparar os jogos, ajudar os rapazes. Amanhã vamos jogar, quarta-feira voltaremos para Lisboa, e vai ser a primeira vez que vou dizer: “vão para casa, até amanhã”. Não tenho grande experiência a chegar a um clube a meio da época. Aconteceu pela primeira vez quando fui para o Benfica e no Tottenham. É uma situação muito complicada. Há pouco tempo para pensar, nem penso em mim.»

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