O mês de Agosto assistiu a um recuo no número de turistas estrangeiros, com menos 0,3% de hóspedes (para 2,26 milhões), compensado por uma subida de 2,7% dos residentes (para 1,5 milhões). Ao todo, o crescimento de hóspedes foi de 0,9%, para 3,8 milhões.
Já o número de dormidas cresceu 1,1%, para 10,6 milhões, também com um recuo dos estrangeiros (-0,5%, para 6,8 milhões) e uma subida dos nacionais (+4,1%, para 3,8 milhões).
O mercado britânico manteve-se na liderança nas dormidas, mas sofreu uma ligeira descida de 1,2%, para 1,16 milhões, enquanto o espanhol, o segundo maior, caiu 9,1%, seguindo-se o francês com -4,6%. Em sentido contrário, a Alemanha, o quarto maior mercado, cresceu 1,7%, e os EUA subiram 9,8% (o INE não contabiliza os AL com menos de dez camas).
Os turistas residentes em Portugal mantiveram o Algarve como destino privilegiado em Agosto, com 279,3 mil hóspedes a escolher esta região para férias, mais 4% do que em idêntico período de 2024, mas muitos mudaram de concelho e de praia.
No município de Albufeira houve um recuo de 1,4% nas dormidas de residentes, segundo os dados da actividade turística divulgada nesta terça-feira pelo INE, ao contrário de Portimão (que subiu 18,9% nos residentes), Loulé, Lagoa e Lagos, onde se registou uma subida de dormidas de portugueses. Apesar de um ligeiro aumento dos estrangeiros, Albufeira sofreu um decréscimo de 0,1% nas dormidas totais.
O crescimento do Algarve foi impulsionado pelos turistas nacionais, com uma subida de 3,4% nas dormidas, para 1,17 milhões, tendo os estrangeiros recuado 1,1% em termos homólogos, para dois milhões.
Os proveitos totais dos estabelecimentos turísticos do Algarve representaram a maior fatia do sector, com 366,7 milhões de euros, mais 6% do que em Agosto de 2024 e o equivalente a 36% do total, que passou a barreira dos mil milhões de euros.
Incêndios afectam região centro
De acordo com o INE, a região centro foi a única que registou uma quebra nas dormidas quando comparado com Agosto de 2024. Essa redução, refere a instituição, “poderá estar associada às circunstâncias decorrentes dos incêndios que afectaram a região nesse período”.
Contabilizaram-se 751,6 mil dormidas no mês em análise, menos 3% em termos homólogos. A maior diferença registou-se nas dormidas de não residentes, com menos 5,9%, para 251,7 mil, tendo as de residentes descido 1,4%, para 499,8 mil.
Já a Madeira teve o maior crescimento, com mais 3,7%, para um milhão de dormidas, impulsionado pelo turismo de residentes, que subiram 39,6% e compensaram a descida de 3,3% dos estrangeiros.
A Grande Lisboa teve o maior número de dormidas depois do Algarve, subindo 1,8%, para 2,06 milhões entre estrangeiros e nacionais, com proveitos de 200,6 milhões de euros (mais 5%).
De acordo com o INE, o município de Lisboa foi o que concentrou mais dormidas em Agosto, com 15,2% e chegando aos 1,6 milhões (2,8% acima de Agosto de 2024). Lisboa, refere o INE, “concentrou 20,5% do total de dormidas de não residentes em Agosto”.