O Museu de História da Arte em Viena, uma das principais instituições culturais da capital austríaca, inaugurou esta terça-feira uma exposição sobre a artista neerlandesa Michaelina Wautier. Trata-se de um novo capítulo de um ciclo de mais de 30 anos sobre a vida da pintora.

Em 1993, a historiadora de arte Katlijne Van der Stighelen descobriu uma das obras de Wautier armazenada neste museu austríaco, noticia o “New York Times”. Desde então, iniciou uma jornada profissional para descobrir mais informações sobre a artista que, até então, era desconhecida.

“Ela é uma pintora barroca flamenga, uma mulher, e durante muitos anos as pessoas não acreditaram que os quadros feitos por ela fossem realmente dela”, explica Jonathan Fine, diretor-geral do museu, ao jornal americano.

Os investigadores começaram por atribuir as obras de Wautier a pintores masculinos da época. O trabalho da artista é marcado por experimentações com diferentes géneros e estudos sobre o uso de diferentes cores como base da tela antes da pintura, o que influencia as tonalidades das cores que são usadas por cima.

Mesmo assim, pouco se sabe sobre a vida de Michaelina Wautier. Investigadores acreditam que a pintora nasceu no início do século XVII de uma família economicamente estável que tinha relações com pessoas de classes sociais mais altas.