A BYD continua a sua ofensiva aos principais mercados mundiais. A frota da marca chinesa acaba de receber o oitavo navio Ro-Ro.
A BYD não tem sido rápida apenas a lançar novos modelos elétricos e híbridos plug-in. Também noutras áreas do negócio automóvel o ritmo impressiona, seja por terra ou por mar. Literalmente.
Estávamos em janeiro de 2024 quando BYD inaugurou o Explorer No. 1, o primeiro navio Ro-Ro da sua frota. Menos de dois anos depois, o oitavo já navega: chama-se Jinan.
O BYD Shenzen, lançado este ano, tem uma capacidade para 9200 veículos.
Com esta adição, a marca chinesa completa a frota que tinha prometido e afirma ter agora capacidade para transportar, por conta própria, mais de 1 milhão de automóveis por ano. Um número que nos dá a dimensão do que está em causa: não estamos apenas perante uma fabricante de automóveis, mas de uma empresa que decidiu verticalizar toda a sua cadeia de produção, até à logística marítima.
Tal como os navios “irmãos” Shenzhen, Xi’an e Changsha, o Jinan também é um navio “híbrido”, capaz de operar com combustível marítimo convencional, GNL (Gás Natural Liquefeito) e ainda com o apoio de baterias fornecidas pela própria BYD. A marca não revelou detalhes técnicos sobre como estas baterias entram no processo, limitando-se a falar em ganhos de eficiência. É possível que sirvam apenas para alimentar sistemas secundários.
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Este novo navio junta-se assim ao restrito grupo dos «gigantes do oceano». Embora, não tenha sido anunciada a capacidade de carga, espera-se que consiga transportar cerca de 9200 unidades. Feitas as contas, com os oito navios em operação em simultâneo, a BYD pode mover até 60 400 carros de uma só vez para destinos tão distintos como a Europa, a América do Sul ou o sudeste asiático.
Esta é a frota atual da BYD:
O investimento não foi pequeno: cerca de 550 milhões de euros para construir as oito primeiras embarcações, todas do tipo Ro-Ro (roll-on/roll-off), concebidas para embarque e desembarque de veículos através de rampas.
Mas talvez o que impressione mais nem seja o investimento, mas sim a rapidez. Entre janeiro de 2024 e setembro de 2025, a BYD colocou no mar oito navios desta dimensão. É difícil encontrar paralelo na indústria automóvel recente. Ao garantir frota própria, o construtor não depende de armadores externos e passa a controlar integralmente a última etapa da sua expansão global.
Se a «flotilha secreta» de que falámos recentemente já dava que pensar, este oitavo navio é a prova de que a ofensiva chinesa não vai abrandar tão cedo.
Fonte: CNEVPost
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Qual nível da condução autónoma onde o automóvel prescinde totalmente da intervenção humana?