“A liberdade é ser a si mesmo, mesmo quando incomoda”, proclama Brigitte Bardot no prólogo de “Mon BBcédaire”, obra em que expõe, com estilo incisivo, sua visão de mundo por meio de definições escritas à mão. O título é um jogo de palavras entre o termo “abecedário” e as iniciais da atriz de 91 anos.
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Nas páginas, Bardot registra lembranças, nomes de personalidades e lugares que marcaram sua trajetória. Segundo a editora Fayard, responsável pelo lançamento na França nesta quarta-feira, o livro é “uma imersão na personalidade de uma mulher que marcou sua época por sua independência, seu engajamento e sua ousadia”.
Da letra A, de “abandono”, até o Z, de “zoológico”, a artista percorre conceitos e memórias.
Em seus escritos, declara amor a Jean-Paul Belmondo, a quem chama de “cara formidável, ator genial, engraçado e corajoso”, e afirma que Alain Delon “carrega em si o melhor e o pior”. Sobre Marcello Mastroianni, avalia que, apesar de “encantador”, era “um bom ator sem gênio nem uma autêntica personalidade inesquecível”.
O erotismo, que marcou sua carreira desde o filme “E Deus Criou a Mulher” (1956), é definido por Bardot como “jogos de amor onde tudo é permitido com imaginação, confusa perversidade e malícia amorosa”.
Alain Delon: confira trajetória do ícone do cinema que morreu aos 88 anos
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Alain Delon com a atriz austríaca Romy Schneider, em 1959, durante baile em Munique, na Alemanha — Foto: EPU / AFP
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Alain Delon beija a mulher, Nathalie, no aeroporto de Orly, na França, em 1965 — Foto: AFP
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Alain Delon entre a atriz Mireille Darc e o diretor italiano Sergio Leone chegando à reinauguração da badaladíssima boate “Le Grand Cabaret”, em 1977 em Nice, França — Foto: AFP
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Alain Delon em 1976 durante evento de gala no Cassino Ruhl, em Nice, na França — Foto: AFP
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O ator em 1976 — Foto: AFP
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Alain Delon em 1979 na filmagem de “O médico” em Sissonne, na França — Foto: Jean MEUNIER / AFP
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Alain Delon em 1981 em Paris durante campanha eleitoral do ex-presidente Valery Giscard d’Estaing (ao fundo) — Foto: Dominique FAGET / AFP
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Alain Delon e a atriz francesa Mireille Darc em 1980 durante evento — Foto: Gabriel DUVAL and Jean-Pierre PREVEL / AFP
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Alain Delon em1990 ao participar do primeiro Soviet Music Day Festival, na Rússia — Foto: VITALY ARMAND / AFP
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Alain Delon no funeral ao ator e cantor francês Yves Montand em novembro de 1991 no cemitério Père Lachaise, em Paris — Foto: Michel GANGNE / AF
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Alain Delon e a atriz Juliette Binoche em 1997 em evento no Louvre — Foto: Eric Feferberg / AFP
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Alain Delon e a filha Anouchka no Festival de Cannes em 2007 — Foto: Anne-Christine POUJOULAT / AFP
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Alain Delon em Cannes em 2019 — Foto: CHRISTOPHE SIMON / AFP
Dono de beleza inconfundível, ator teve interpretações marcantes em filmes
Entre os lugares citados, está Saint-Tropez, onde comprou a casa “La Madrague”. A atriz lamenta, no entanto, a transformação do balneário: “lindo pequeno vilarejo de pescadores” que teria se tornado “uma cidade de milionários onde já não resta nada de seu encanto”.
Defensora dos animais e voz polêmica na política francesa, Bardot descreve a França atual como “sombria, triste, submissa, doente, danificada, devastada, ordinária, vulgar…”. Para ela, a direita é o “único remédio urgentíssimo para a agonia” do país — posição alinhada à sua conhecida proximidade com Marine Le Pen.
Reclusa da imprensa há décadas, Bardot já havia publicado, em 1996, suas memórias, “Iniciais BB”.