Um carro elétrico por menos de 5 mil euros? Em Itália, a partir do próximo mês, isso já vai ser possível. E este é o motivo.

Em Itália há dois carros elétricos que vai poder comprar por menos de 5 mil euros: o Dacia Spring e o Leapmotor T03. A causa? incentivos.

Enquanto muitos países têm acabado com os incentivos à compra de elétricos, Itália segue o caminho oposto. A partir de outubro, vão entrar em vigor apoios na ordem dos 11 mil euros, a juntar aos próprios descontos das marcas na ordem dos 3 mil euros. Ou seja, a partir do próximo mês vai poder comprar o Dacia Spring por 3900 euros (antes 17 900 euros), e o Leapmotor T03 por 4900 euros (antes 18 900 euros).

Leapmotor publicidade incentivos itália@Leapmotor Como se pode ler no site da Leapmotor Itália: “4900 euros é menos do que preço que pagaste pela tua bicicleta”.

Os outros construtores, embora sujeitos ao mesmo desconto, não seguem as promoções extremas. O mais próximo deste valor é o FIAT 500e, que custa 9950 euros com os incentivos, mas existe um empréstimo com juros de 12,9%.

Incentivos italianos

A Itália tem um único objetivo em mente: aumentar a quota de elétricos. Nos primeiros oito meses do ano, a quota de elétricos no mercado italiano era de 5,2%, bastante abaixo da média da União Europeia: 15,8%, segundo dados da ACEA.

O Governo italiano anunciou assim incentivos no valor de 597 milhões de euros. Para aceder ao desconto de até 11 mil euros, os compradores terão de abater um carro antigo com norma de emissões Euro 5, em vigor entre 2011 e agosto de 2015, ou anterior.

O valor máximo do incentivo destina-se principalmente às famílias com rendimentos mais baixos, inferiores a 30 mil euros ao ano e residentes em cidades com mais de 50 mil habitantes. As famílias com rendimentos de até 40 mil euros euros anuais, por outro lado, recebem até 9 mil euros para a aquisição de um veículo elétrico. O prazo do programa termina em junho do próximo ano.

Apesar das «boas intenções», há quem alerte que o programa pode não atingir todo o seu potencial. Um executivo de uma marca, que pediu anonimato, sublinha que o teto de rendimento e a cobertura geográfica restrita podem limitar a adesão. Estimativas da Automotive News Europe apontam que a iniciativa poderá gerar cerca de 60 mil novas matrículas.

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