Há um processo a decorrer para eliminar os motores a combustão do planeta. O início será feito nos automóveis, para depois se abrir a outras áreas. Neste contexto, um novo país declarou guerra aos veículos de combustão interna! Descubra quem quer seguir os passos da Europa e criar uma ambiente mais limpo.
Guerra aos veículos de combustão interna!
O Ministério do Ambiente da Coreia do Sul está a considerar seriamente a possibilidade de proibir a venda de novos veículos a gasolina e a gasóleo até 2035. Isto enquadra-se num esforço para cumprir as metas de redução de gases com efeito de estufa do país. Tal medida alinharia a Coreia do Sul com as políticas climáticas de outras regiões globais, como a União Europeia.
O ministério diz que a imposição de restrições à venda de veículos com motor de combustão interna pode desempenhar um papel fundamental. Vai ajudar o país a atingir as suas metas nacionais de redução de gases com efeito de estufa, estabelecidas para 2035.
Estas metas são moldadas pelas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs) que os próprios países desenvolveram no âmbito do Acordo de Paris. Estas devem ser atualizadas de cinco em cinco anos. A Coreia do Sul prepara-se também para anunciar novas metas antes da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, em novembro de 2025.
Coreia do Sul quer ser um país mais verde
As reduções de emissões no sector dos transportes da Coreia do Sul têm sido limitadas até à data. Foi alcançada uma redução de apenas 1,2% entre 2018 e 2024. Em contraste, existem atualmente aproximadamente 850.000 veículos com emissões zero nas estradas. Devido a esta situação, o governo considera a proibição da venda de novos veículos com motor de combustão interna, bem como apoios adicionais, como incentivos fiscais.
O Ministério do Ambiente apresentou quatro cenários diferentes que poderão ser alcançados até 2035. Estes projetam reduções nas emissões de gases com efeito de estufa de 48%, 53%, 61% e 65%. Por exemplo, para atingir a meta de redução de 48%, as emissões do setor dos transportes necessitariam de descer de 98,8 milhões de toneladas em 2018 para 44,3 milhões de toneladas. A meta mais ambiciosa, de 65%, obrigaria a uma redução deste valor para 32,6 milhões de toneladas.
Este desenvolvimento ocorre no meio de discussões cada vez mais intensas em torno da proibição dos motores de combustão interna na União Europeia, que deverá entrar em vigor em 2035. Em setembro passado, os fabricantes de automóveis alemães reuniram-se com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para exigir a reversão da proibição e o relaxamento das quotas de vendas de veículos elétricos até 2035.