Em maio, foram detidas 13 pessoas, entre as quais sete empresários, uma advogada e uma funcionária da Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Cinco meses depois, a PJ, através da Diretoria do Centro, deteve na quarta-feira mais um elemento do “grupo criminoso”.


Os detidos, de acordo com a Polícia Judiciária, integravam “um grupo criminoso que se dedicava à prática reiterada, entre outros, de crimes auxílio à imigração ilegal, associação de auxílio à imigração ilegal, corrupção, branqueamento de capitais e falsificação de documentos”.


Esta quarta-feira, foram cumpridos três mandados de busca e apreendido “um enorme acervo de documentação utilizada em processos de legalização irregular de estrangeiros”, adianta o comunicado da Judiciária.


Para além da apreensão de “um automóvel; uma pistola calibre 7, 65 mm; munições; dois pares de algemas; coletes táticos; um detetor de metais; sofisticados equipamentos eletrónicos para copiar/captar códigos de segurança para abertura remota; clonar cartões; inibidor de sinais de comunicações “jammer”; um binóculo de visão noturna; um mini gravador laser (que pode ser usado em falsificações); peças em metal que estavam a ser trabalhadas para conceção do que aparenta ser uma pistola metralhadora; dinheiro em numerário e equipamentos informáticos”.


A investigação, que começou em setembro de 2023, tem sido “complexa” e “resultou que este grupo criminoso terá vindo a dedicar-se à legalização irregular e massiva de cidadãos estrangeiros em Portugal, obtendo proventos financeiros na ordem dos milhões de euros”.

O homem detido ontem, estrangeiro, não tem antecedentes criminais conhecidos em Portugal.
E ficou em prisão preventiva após ser presente no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC).