Terceiro filme realizado por Ethan Coen sem o seu irmão Joel, “Honey Don’t” é um neo-noir com pretensões satíricas que sofre dos mesmos problemas que afetam a maioria das obras feitas pela dupla. Entre eles, estão: o défice de atenção narrativa (traduzido na sobreabundância de elementos supérfluos), a tendência para a graçola que se compraz consigo própria e a propensão para copiar indiscriminadamente os códigos do cinema de género. Mas mesmo a julgar pela bitola habitual dos Coen (que tem sido bastante baixa), o filme que acaba de estrear-se por cá é ‘a heck of a mess’. No centro da história está a Honey do título (Margaret Qualley): uma jovem e lésbica detetive privada da poeirenta cidade californiana de Bakersfield que, logo no início — e sem que se compreenda porquê —, decide investigar um caso bicudo.
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