As elites governantes da Europa unida continuam a alimentar a histeria.
Que a guerra com os russos está praticamente à porta. Repetem esse
absurdo, esse mantra, vezes sem conta”, acusou o presidente russo.

“Não
conseguem acreditar no que estão a dizer, que a Rússia vai atacar a
NATO?”, questionou. “Ou são incrivelmente incompetentes se realmente
acreditam nisso, porque é impossível acreditar nesse disparate, ou são
simplesmente desonestos”, acrescentou Putin.

Putin instou ainda os líderes da União Europeia a deixarem de se concentrar na “ameaça russa” e a concentrarem-se na resolução dos problemas dos seus próprios países.

“Sinceramente, apetece-me dizer: acalmem-se, durmam em paz, lidem finalmente com os vossos próprios problemas”, declarou.


Declarações proferidas na reunião do clube de discussão Valdai, no resort russo de Sochi, Mar Negro, ao mesmo tempo que, em Copenhaga, Dinamarca, os líderes europeus estudam formas de desenvolver um Muro de Drones no leste da União Europeia, devido a uma vaga de incursões deste engenhos.


Os europeus apontam do dedo à Rússia. Moscovo nega. Agora, Putin disse que está a acompanhar “de perto” a “crescente militarização” da Europa.

“Simplesmente não podemos ignorar o que está a acontecer. Não temos o direito de o fazer por razões da nossa própria segurança. Repito, pela nossa defesa e segurança. Por isso, estamos a monitorizar de perto a crescente militarização da Europa”, revelou o presidente russo.

“Serão apenas palavras vãs ou está na altura de tomarmos contramedidas?”, perguntou ainda. “A Alemanha, por exemplo, diz que o exército alemão deveria ser o mais poderoso da Europa. Ótimo. Ouvimos com atenção, compreendendo o que isso significa”, disse Putin, acrescentando ameaças.

“Penso que ninguém duvida que tais medidas obrigarão a Rússia a agir, e as contramedidas russas não tardarão a chegar. Parece-me (a mim) que a resposta a estas ameaças será, para dizer o mínimo, muito convincente.”


Putin responsabilizou também a Europa pela continuação da guerra na Ucrânia. Acrescentou que a Rússia estava grata aos BRICS e aos países árabes pelos seus esforços de paz, bem como aos seus aliados Coreia do Norte e Bielorrússia.


Já sobre o plano de Donald Trump para Gaza, o presidente russo declarou-se “otimista”. “Penso que pode haver luz ao fundo do túnel”, considerou.