O cineasta James Cameron não tem medo de filmes longos. E, para a alegria dos fãs que mal podem esperar para retornar a Pandora, o terceiro capítulo da saga, “Avatar: Fogo e Cinzas”, deve ter aproximadamente três horas de duração. A confirmação veio do próprio diretor, que afirmou que o tempo de tela é essencial para a narrativa complexa que está sendo construída.
Em entrevista recente à imprensa, Cameron revelou que, na verdade, a decisão de estender o corte do filme surgiu de uma ideia de última hora. Ele sentia que havia uma “estranheza” na história e resolveu revisitar um elemento clássico do primeiro Avatar (2009): o majestoso Toruk, a criatura alada que Jake Sully domina.
“Eu sempre fiquei esperando pela pergunta: ‘Por que Jake não simplesmente vai buscar o grande pássaro vermelho e elimina todo mundo como fazia antes?’”, explicou o cineasta. Ele então decidiu filmar novas cenas em torno dessa ideia, o que acabou adicionando tempo ao longa, mas que foi recebido com entusiasmo pelo elenco e equipe, pois “funcionou lindamente”.
A confirmação da duração do novo filme coloca a sequência na mesma linha dos seus antecessores, que já eram grandes. O primeiro “Avatar” (2009) tem 2 horas e 42 minutos, e “Avatar: O Caminho da Água” (2022) tem 3 horas e 12 minutos. A expectativa, no entanto, é que “Fogo e Cinzas” seja até mesmo ligeiramente mais longo que o segundo.
A expansão de Pandora: conhecendo o Povo das Cinzas
“Avatar: Fogo e Cinzas” continuará a explorar o vasto e visualmente impressionante universo de Pandora. Assim como “O Caminho da Água” introduziu o clã aquático Metkayina, a nova aventura dará destaque ao misterioso Povo das Cinzas.
Descrito como uma tribo vulcânica, intensa e agressiva, esse novo clã Na’vi promete expandir os conflitos políticos e espirituais da saga. Em contraste com os clãs mais pacíficos já apresentados, o Povo das Cinzas é uma representação de outros temas. James Cameron adiantou que o título é simbólico: “Fogo pode representar ódio, violência, trauma, possível abuso de poder. Cinzas representam as consequências de toda essa energia, que é o luto e ter que viver com o que você fez”.
A líder do Povo das Cinzas será Varang, interpretada pela atriz Oona Chaplin, neta do lendário Charles Chaplin e conhecida por seu papel em “Game of Thrones”. A introdução de Varang e sua tribo sugere que a família Sully, composta por Jake Sully (Sam Worthington) e Neytiri (Zoe Saldaña), terá novos e perigosos adversários em sua luta contra a RDA.
Novidades no elenco e troca de narrador
Além de Oona Chaplin, o elenco contará com o retorno de nomes de peso da franquia. Sam Worthington (Jake Sully), Zoe Saldaña (Neytiri), Sigourney Weaver (Kiri) e Stephen Lang (Coronel Miles Quaritch) estão confirmados, entre outros veteranos.
Uma das grandes novidades é a mudança do narrador da trama. James Cameron revelou que a história deixará de ser contada sob o ponto de vista de Jake Sully para dar voz a Lo’ak, o segundo filho do casal, interpretado por Britain Dalton. Essa transição sugere uma passagem de bastão para a nova geração de personagens, um movimento que já vinha sendo preparado em O Caminho da Água.
Data de estreia e o futuro da saga
“Avatar: Fogo e Cinzas” tem estreia marcada para 18 de dezembro de 2025 nos cinemas brasileiros. A data reforça a tradição da franquia em ocupar o período de festas de fim de ano com suas produções grandiosas.
O sucesso do terceiro filme é crucial para o futuro da franquia. Embora as datas para as sequências já estejam definidas — “Avatar 4” para 2029 e “Avatar 5” para 2031 — a continuidade das filmagens depende da performance de “Fogo e Cinzas” nas bilheterias, já que o diretor e o produtor Jon Landau planejaram a saga para ter cinco filmes no total.
“Avatar: Fogo e Cinzas” é dirigido por James Cameron, que também coescreveu o roteiro com Rick Jaffa, Amanda Silver, Josh Friedman e Shane Salerno. A produção é de Cameron e Jon Landau, e a expectativa é de mais uma experiência cinematográfica visualmente revolucionária, mantendo a saga como uma das mais lucrativas da história do cinema.