A campanha de promoção nas redes do documentário “Vai pra Argentina, carajo!”, que será lançado pelo ICL na quinta-feira (9) foi prejudicada por decisão da Meta e do Google, que pararam de veicular anúncios sobre o filme. Postagens apresentando o trailer do documentário, que aborda o descontrole das políticas econômica e social de Javier Milei, foram classificados pelas plataformas como “propaganda política” e proibidas de serem veiculadas.

“Isso nos causou estranhamento, porque é um documentário como o que a gente fez sobre Cuba, por exemplo, e não tivemos os mesmos problemas”, analisa Eduardo Moreira, fundador do Instituto Conhecimento Liberta, que aparece no filme apresentando os efeitos da gestão Milei na vida dos argentinos mais pobres.

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O anúncio foi encaminhado para ser veiculado na categoria entretenimento, mas Meta e Google não permitiram utilizar esse segmento, rejeitando e desabilitando a veiculação do anúncio do documentário.

“Determinamos que esse é um anúncio sobre temas sociais, eleições ou política. Portanto, você deve escolher Temas sociais, eleições ou política na categoria de anúncios especial”, informou o Instagram.

Google

Curiosamente, nos testes feitos pelo ICL quandro suprimido o nome de Javier Milei, a propaganda foi liberada para veiculação na categoria entretenimento.

As imposições da Meta e do Google fazem com que o anúncios tenham circulação limitada e atinjam um número menor de pessoas.

O documentário dirigido por Juliana Baroni e Fabián Restivo mostra o que realmente está acontecendo na Argentina, sem cumplicidade de alguns veículos de comunicação brasileiros com a administração Milei.

O filme mostra demissões em massa em áreas ligadas a memória e justiça, e o esvaziamento total das políticas do Estado. E também como a promessa de prosperidade virou a maior fake news do capitalismo mundial.

Entenda como um economista e comentarista televisivo que fala com seu cachorro falecido, ingressou na política e se tornou presidente de uma das maiores economias da América Latina. Vai ser possível compreender também como por trás do discurso violento, há um laboratório oculto neoliberal alinhado a figuras da extrema direita global — como Trump, Bolsonaro, Orbán e Netanyahu.

Testemunhe os efeitos reais das políticas escondidas pela grande mídia: pobreza em massa, perda de direitos de estudantes e aposentados, e um povo sufocado pelos cortes dos seus direitos e assista a um país apresentado como um modelo econômico pela elite, mas que vive uma das piores crises sociais da sua história.