Caiu por terra a acusação contra José Neves, milionário de Guimarães e fundador e ex-CEO da Farfetch, e de outros dois administradores, de terem prestado informação falsa e omitido a situação da empresa aos investidores.
Segundo o Jornal de Negócios, o juiz Edgardo Ramos, do Tribunal do Distrito Sul de Nova Iorque, decidiu rejeitar todas as alegações apresentadas pelos queixosos na fase de instrução.
O magistrado considerou que o processo, interposto em dezembro de 2023 por alguns investidores na empresa, justificou a sua decisão com a distinção entre “o otimismo da empresa e fraude”.
Ou seja, o facto de o otimismo expressado pela empresa não se ter materializado não torna essas declarações em fraude.
De acordo com a mesma fonte, o juiz também assinalou que as “guidances” e previsões das empresas só podem configurar um crime se se provar que foram feitas sem que a empresa não acreditava nas suas declarações.
Como O MINHO noticiou na altura, a queixa acusava José Neves e os outros administradores de “falsas declarações” e só terem “declarado que a Farfetch estava a passar por um grande abrandamento tanto nos Estados Unidos como na China” a meio do ano.
É ainda referido que a Farfetch não conseguiu satisfazer as expectativas do mercado para 2023, em termos de resultados financeiros, situação que contraria declarações feitas anteriormente e “em alturas relevantes” para os investidores.
A Farfetch colapsou em dezembro de 2023, tendo sido comprada pelo gigante sul-coreano do retalho Coupang.