De acordo com várias fontes médicas, pelo menos seis pessoas morreram e várias ficaram feridas, na sequência de bombardeamentos por parte do exército israelita em território palestiniano durante a madrugada.

A mesma informação foi avançada pela Defesa Civil, que denunciou dezenas de ataques aéreos e disparos de artilharia israelitas na cidade de Gaza, apesar do apelo do presidente norte-americano Donald Trump para que Israel cessasse “imediatamente” os bombardeamentos.

O porta-voz da Defesa Civil, Mahmoud Bassal, revelou que “a noite foi muito violenta, com dezenas de ataques israelitas e fogo de artilharia contra a Cidade de Gaza e outras zonas da Faixa de Gaza”.

Bassal, cuja agência opera sob a autoridade do movimento islâmico Hamas, acrescentou que 20 casas foram destruídas. “A situação é muito grave na Cidade de Gaza (norte)”.”A situação é muito grave na Cidade de Gaza“, acrescentou Bassal, sublinhando que as equipas de resgate não conseguiram chegar a todas as vítimas devido “à presença de tanques e aos bombardeamentos incessantes”.

O Hospital Al-Maamadani, na Cidade de Gaza, informou em comunicado na manhã deste sábado que recebeu os corpos de quatro pessoas mortas num ataque a uma casa no bairro de al-Touffah, além de “vários feridos”.

O Hospital Nasser, em Khan Younis, no sul de Gaza, informou ter recebido os corpos de duas crianças e oito feridos após um ataque com um drone a uma tenda num campo de deslocados.

Também este sábado, o exército israelita anunciou que continua a sua ofensiva na Cidade de Gaza e alertou os residentes para que não regressem à zona, apesar do apelo do presidente norte-americano.

As tropas israelitas ainda estão a conduzir operações na Cidade de Gaza, e é extremamente perigoso regressar para lá. Para segurança, evitem regressar para norte ou aproximar-se de áreas onde as tropas estão ativas, incluindo o sul da Faixa de Gaza”, afirmou o Coronel Avichay Adraee, porta-voz do exército em árabe, ao X.

O exército israelita, que controla cerca de 75 por cento da Faixa de Gaza, quer tomar a Cidade de Gaza, que apresenta como o principal bastião do Hamas no território palestiniano cercado. Lançou uma grande ofensiva no local a 16 de setembro, obrigando centenas de milhares de pessoas a fugir.

Israel iniciou a sua ofensiva em Gaza após o ataque liderado pelo Hamas, a 7 de outubro de 2023, no qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas e 251 levadas como reféns de volta para Gaza, segundo dados israelitas. Israel afirma que ainda há 48 reféns, 20 dos quais estão vivos.

A campanha militar israelita matou mais de 66 mil pessoas em Gaza, a maioria civis, segundo as autoridades de saúde de Gaza. O seu ataque destruiu grande parte do enclave, enquanto as restrições à ajuda humanitária desencadearam uma onda de fome em partes de Gaza, com condições terríveis em todo a Faixa de Gaza.


c/ Agências