O que vimos Miguel Oliveira fazer nas sessões em pista que antecederam a corrida Sprint do Grande Prémio da Indonésia de MotoGP, dava a entender que este fim de semana o #88 da Prima Pramac Yamaha estaria a caminho de conseguir uma grande pontuação, quer na corrida curta deste sábado, mas também na corrida principal de domingo.
Com um excelente ritmo na procura de uma volta rápida, mas também capacidade de manter consistência de tempos competitivos ao longo de várias voltas, Miguel Oliveira, moralizado pela primeira passagem direta à Qualificação 2 na atual temporada de MotoGP, fixou como objetivo no Grande Prémio da Indonésia garantir então um bom conjunto de resultados e boa pontuação final nesta visita ao circuito de Mandalika.
Porém, a sua corrida Sprint ficou marcada por alguns problemas relacionados com a sua Yamaha YZR-M1.
O #88 da equipa satélite da Yamaha viu-se impossibilitado de lutar por subir na classificação devido a uma combinação de fatores. Os dois problemas mais destacados pelo piloto português foram a falta de velocidade da moto japonesa, algo que já é um problema crónico da YZR-M1 há vários anos e comparando com as motos rivais torna-se muito evidente, ao qual se juntou um movimento exagerado da frente da moto, provocado pela carcaça mais fina do pneu slick que a Michelin disponibiliza para este fim de semana.
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Miguel Oliveira viria a conseguir cruzar a meta em 10º depois de na última volta passar por Brad Binder (Red Bull KTM Factory). Inicialmente, um resultado que não lhe daria qualquer ponto.
Porém, os Comissários de MotoGP analisaram a pressão dos pneus da Honda RC213V de Luca Marini, e depois da corrida Sprint terminar decidiram penalizar o italiano devido à pressão irregular dos pneus da sua moto. Marini desceu de 6º para 13º, e isto levou a uma alteração na classificação da corrida e à subida de Miguel Oliveira à 9ª posição. O que significa que afinal o português da Prima Pramac Yamaha consegue mesmo pontuar (1 ponto).
Em reação ao que aconteceu este sábado no Grande Prémio da Indonésia de MotoGP, Miguel Oliveira explica que “Arranquei bastante bem, mas logo nas primeiras voltas percebi que não podemos ficar demasiado perto de outras motos, porque percorremos linhas diferentes e competimos de uma maneira diferente. O pneu dianteiro estava a mexer-se em demasia, por isso ultrapassar era muito difícil, basicamente impossível. Simplesmente não temos a velocidade suficiente para ultrapassar, o que torna a corrida realmente dura. Amanhã vai ser ainda mais duro, com uma moto mais pesada que não vai fazer as coisas ficarem mais fáceis com a frente. Penso que vamos arriscar no pneu macio e tentar gerir da melhor forma que conseguir”.
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