As rastas saltaram à vista, na chegada da comitiva do Benfica a Vila Nova de Gaia, alojamento habitual das águias nas visitas ao Porto. Os olhos de jornalistas e adeptos ficaram focados em Ivan Lima, grande novidade entre os eleitos de José Mourinho para o regresso ao Dragão.
O extremo de 20 anos não costuma trabalhar habitualmente com a equipa principal do Benfica, nem é dos nomes mais destacados da equipa B, mas mereceu a confiança de Mourinho para integrar a convocatória para o clássico deste domingo com o FC Porto.
Nascido a 13 de janeiro de 2005, Ivan Lima joga de águia ao peito desde a temporada 2011/12. Foi recrutado ao GDR Fogueteiro, mas só no Benfica começou a jogar federado, no escalão de petizes.
Ivan assinou o primeiro contrato profissional em janeiro de 2022, poucos dias antes de festejar o 17.º aniversário, mas renovou pouco mais de um ano depois (maio de 2023), muito por força das boas exibições nos sub-19.
«O clube está a apostar em mim, e eu vou corresponder com trabalho, evoluir a cada treino e a cada jogo. Sinto um grande orgulho, o Benfica é o clube certo para um jogador estar e evoluir. O meu sonho é chegar à equipa A, mas, para acontecer, tenho de passar por muitas etapas. Vou continuar a trabalhar para fazer isso acontecer», disse então à BTV.
Ivan Lima fez a estreia na equipa B em maio de 2024, mas de momento tem apenas 20 jogos nesse patamar, sem golos ou assistências. A evolução foi condicionada por uma lesão grave sofrida na época passada, que o afastou da competição por quatro meses.
Na presente temporada tem seis jogos às ordens de Nélson Veríssimo, mas ainda procura o primeiro golo.
É um extremo muito virtuoso e irreverente, agressivo positivamente na forma como procura o um-contra-um, mas que precisa melhorar consideravelmente a tomada de decisão.
Internacional português, passou por todos os escalões entre os sub-17 e os sub-20. Tem seis golos em 35 jogos com as quinas ao peito, com destaque para a participação no Euro sub-17 de 2022, prova em que fez dois golos e uma assistência, e na qual Portugal caiu nas meias-finais, derrotado pela França no desempate por penáltis.