“Esta noite, o inimigo realizou o principal ataque contra a região de Lviv desde o início da invasão”, relatou o chefe da Administração Militar Regional da Ucrânia, Maksim Kozitskí, na sua conta no Telegram.
Cerca de 140 drones e 23 mísseis foram direcionados Lviv.
As defesas antiaéreas ucranianas destruíram 478 drones e mísseis russos direcionados à Ucrânia, segundo o último boletim.
O bombardeamento obrigou a Polónia e os seus aliados da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) a ativarem o seu alerta máximo e os sistemas de defesa e de reconhecimento.
Em Lapaivka, perto da cidade de Lviv, uma família de quatro pessoas morreu na sequência de um dos bombardeamentos.
O presidente da Câmara de Lviv, Andry Sadovi, disse que mais de mil janelas, uma escola, um jardim de infância e uma igreja foram danificados.
Um parque industrial também sofreu um incêndio e partes da cidade ficaram sem energia.
Zaporijia foi outra das regiões mais afetadas pelo ataque. Pelo menos, 10 pessoas ficaram feridas, 15 casas, um centro de oncologia e estruturas de energia foram danificadas.
Mais de 110 mil consumidores ficaram sem energia na Ucrânia, cerca de 70 mil dos quais em Zaporijia.
As regiões de Sumi (Nordeste) e Chernihiv (Norte) também foram afetadas e estão a registar cortes de energia.
O ataque russo afetou ainda outras regiões, como Ivano-Frankivsk (Sudoeste), Kharkiv (Leste), Kherson (Sul), Odessa (Sul) e Kirovohrad (Centro).
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou hoje a pedir ajuda aos seus parceiros.
No seu discurso diário, Zelensky referiu que Putin está a troçar do Ocidente, “do seu silêncio e da sua falta de ação decisiva”.
De acordo com o presidente ucraniano, os 500 drones utilizados, na passada noite, pela Rússia, contêm mais de 100 mil componentes estrangeiros, fabricados nos EUA, China, Taiwan, Reino Unido, Alemanha, Suíça, Japão, Coreia do Sul e Holanda.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.