Seja bem-vindo, Francisco Amarante. No primeiro jogo oficial pelo Sporting, após dois anos a atuar no Oviedo, da agora designada de Primera FEB espanhola, o base/extremo dos leões foi a estrela maior do triunfo ante o V. Guimarães por 68-97 (8-20, 27-21, 14-27, 19-29). Partida que encerrou a jornada inaugural da Liga Betclic 2025/26.

Vindo do banco e utilizado apenas 24m, Amarante, de 25 anos, terminou com 27 pontos (5/5 L2, 5/7 L3, 2/2 LL), falhando só dois lançamentos de três, e juntando ainda 6 ressaltos, 4 assistências e 2 roubos de bola. Números que, mesmo com 4 turnovers, lhe permitiram registar eficiência de 33,5%. Mais do dobro de qualquer outro na partida. Quando falhou pela primeira vez foi sobre o apito do fim do 3.º quarto (49-68), levava 15 pontos.

«Foi bom começar assim. Foi bom termos conseguido esta vitória. Arrancou a época e já estávamos à espera disto há muito tempo. Estava farto de disputar jogos da pré-época. Queremos é competir e agora é continuar este caminho e lutar por tudo», começou por dizer, no final, o internacional luso aos microfones da RTP.

Questionado de onde havia vindo tanta inspiração, explicou apenas que: «tenho trabalhado diariamente para isto e espero conseguir ajudar a equipa da melhor forma. Esse é o objetivo. Hoje foi o meu dia, noutro será o dia de outro e vou cá estar à mesma para ajudar.»

Francisco Amarante Fotografia FPB

Mas ontem era mesmo o seu dia quando, a 4.16m do termo do quarto inaugural, entrou para o lugar de um até então apagado Malik Morgan (10 pts, 2 res, 2 ass), só que numa altura em que os visitantes já lideravam por 6-12, graças a um parcial de 0-10 que terminou em 6-15 num triplo de Francisco.

Miguel Miranda teve de pedir desconto de tempo. «Quando no 1.º quarto contra o Sporting, num jogo que queremos ganhar, só marcamos 8 pontos, fica tudo muito mais difícil», comentou o técnico vimaranense. Na jogada seguinte ao time out Filip Gewert (7 pts, 5 res, 2 rbl) ainda fez funcionar o marcador para os da casa, mas o adversário respondeu com 5 pontos, dois de… Amarante.

No 2.º quarto, o Vitória, que até então falhara todos os lançamentos para lá dos 6,75m (terminou com 11/25, 44%), viveu o seu melhor momento e mostrou possuir um conjunto capaz de lutar por fases finais das várias competições da FPB. Aceitando o jogo mais físico que, entretanto, se implantara, e com os verdes e brancos a apostarem no contra-ataque – situação em que conseguiram 21 pontos -, os atiradores da casa apareceram e 21 dos 27 pontos dos minhotos no período surgiram de 7 triplos saídos das mãos de cinco jogadores, mas com Jaxson Baker (16 pts, 2 res) e Matteus Case (9 pts, 2 res) a serem os únicos a bisar.

O senão é que, do lado contrário, o Sporting, onde Amarante obteve mais 8 pontos, também não baixou a intensidade e nunca permitiu que o fosso baixasse dos 6 pontos até ao intervalo (35-41).

Na 2.º parte, o V. Guimarães tornou a ser inconstante e os de Alvalade, mesmo terminando com 15 turnovers, apoiaram-se em Brandon Johns (10), Stephan Swenson (9 pts, 3 res), e depois também em João Fernandes (12) e Francisco Amarante, este com 12 pontos no derradeiro quarto, para atingirem a diferença máxima de 29 e dominar a luta das tabelas (31-42), assim como os pontos conseguidos dentro da área (18-42). Note-se que o banco sportinguista contribuiu com 57(!) pontos – mais do que os 44 dos cinco inicial do Vitória -, contra 24.