O Sporting empatou, este domingo, frente ao Sp. Braga (1-1), que evitou a terceira derrota na Liga com um penálti no tempo de compensação, aos 90+7 minutos, a punir falta de Hjulmand. Zalazar converteu e estragou a noite em Alvalade, na oitava jornada da I Liga, depois de Luis Suárez (19′) ter aberto o caminho para os “leões” se aproximarem do primeiro lugar.

Entrou a pressionar muito forte o Sporting, que só não marcou ao terceiro minuto, num disparo de Quenda, porque Hornicek teve uma boa intervenção. Esse foi o período de maior instabilidade do Sp. Braga, que se apresentou em Alvalade com uma linha de cinco defesas, reforçada pela inclusão de Vítor Carvalho no meio dos centrais.

Carlos Vicens pediu, ainda, a Florian Grillitsch para recuar e compensar ao mínimo sinal de alarme, pelo que a construção de jogo dos minhotos dependia da boa ligação promovida por João Moutinho ao trio da frente. Ataque onde surgiu Pau Víctor no papel de avançado, o que se revelou uma ideia pouco feliz, rectificada ao intervalo.

Apesar do aparente fosso que separava os dois blocos bracarenses, o jogo acabou por fluir com inesperada simplicidade, com o Sporting cada vez mais afável, sem o ímpeto inicial, a permitir que o adversário guardasse a bola e ensaiasse alguns ataques.

Nesse processo, na sequência de um canto, Luis Suárez e Vítor Carvalho protagonizaram o primeiro lance de VAR na área leonina, a criar apreensão, mas sem justificar penálti para os visitantes.

Esse poderá ter sido o instante em que o Sporting percebeu que precisava urgentemente de reagir: Morita lançou Pedro Gonçalves na profundidade, com o internacional português a vencer a oposição de Lagerbielke e Luis Suárez a obter um golo, o sexto na Liga e o quarto consecutivo nos últimos jogos, desconcertante.

O colombiano rematou enrolado, com a bola a bater no relvado e a surpreender toda a defesa bracarense, Hornicek incluído. O “leão” estava longe de ser domado e à segunda cravava fundo as garras numa equipa revitalizada pelo triunfo de Glasgow, na Liga Europa, no regresso a um campeonato onde não vencia desde a segunda jornada.

Sem grandes ocasiões de golo, o jogo atingia o intervalo com o Sporting a valer-se essencialmente da eficácia. Carlos Vicens sabia que tinha de arriscar mais na segunda parte e, já com Fran Navarro em campo, os “guerreiros” entraram ao ataque, a criar a melhor oportunidade num cabeceamento de Vítor Carvalho, mas a abrir espaços que o Sporting podia ter facilmente convertido no segundo golo.

O Sp. Braga não se retraiu e continuou à procura do empate que Leonardo Lelo teve nos pés (54′), mas que Rui Silva negou numa defesa instintiva.

Carlos Vicens mantinha a moldura táctica, mas refrescava o maestro, com Moutinho a ceder o lugar a Gorby numa altura em que o ritmo aumentava de forma desenfreada e o jogo entrava numa fase de parada e resposta altamente imprevisível.

Rui Borges respondia com Alisson e Kochorashvili, prescindindo de um Trincão muito apagado e de Morita, aproveitando o repentismo do brasileiro ex-U. Leiria para reactivar o ataque. O Sporting ganhava músculo para os duelos e espontaneidade no último terço, faltando-lhe apenas a eficácia da primeira parte.

Sem conseguir “matar” o jogo, o Sporting arriscava um desfecho semelhante ao da época passada, em que sofreu o empate a três minutos do final. Desta vez, o drama chegou com um penálti detectado pelo VAR, a punir falta de Hjulmand.