“O Louco de Deus no Fim do Mundo”, Javer Cercas


“Sou ateu. Sou anticlerical. Sou um laicista militante, um racionalista obstinado, um ímpio inveterado. Mas aqui estou, viajando em direção à Mongólia com o velho vigário de Cristo na Terra, disposto a interrogá-lo acerca da ressurreição da carne e da vida eterna. Foi para isso que embarquei neste avião: para perguntar ao Papa Francisco se a minha mãe verá o meu pai depois da morte e para lhe levar a sua resposta. Eis um louco sem Deus perseguindo o louco de Deus até ao fim do mundo.”

É assim o arranque do novo livro de Javier Cercas, que aqui regressa à sua linha mais pessoal, conseguindo relacionar suas obsessões íntimas com uma das preocupações fundamentais da sociedade de hoje: o papel do espiritual e do transcendente na vida humana, o lugar nela ocupado pela religião e a ânsia de imortalidade.

É, também, “um livro único que nunca pôde ser escrito, pois o Vaticano jamais abriu as suas portas de par em par a um escritor”, lê-se na sinopse. “Mas, além de singular, este é um livro de plenitude, em que o autor consegue transformar uma proposta invulgar numa história magistral: um thriller sobre o maior mistério da história da humanidade.”

Tem 444 páginas e está a 19,80€. Sai a 16 de outubro.